Historicamente, o nome Elão aplicava-se a uma região no que agora é chamado Cuzistã, no SO do Irã. Incluía a planície fértil do lado oriental do vale inferior do Tigre, regado pelos rios Carun e Carque, e evidentemente se estendia até as regiões montanhosas que ladeiam esta planície ao N e ao L, embora estes dois limites sejam os menos definidos. Uma região chamada Anxã, segundo se crê, ficava nestas regiões montanhosas e é representada em inscrições como fazendo parte do Elão desde um período bem antigo. O Elão, situado no extremo oriental do Crescente Fértil, por conseguinte, estava numa posição um tanto fronteiriça, sendo uma das regiões em que o território, povoado e geralmente dominado pelas raças semíticas, se confrontava ou fundia com raças que descendiam dos outros filhos de Noé, principalmente da linhagem jafética. A terra do Elão era chamada elamtu pelos assírios e pelos babilônios, e Elymais pelos escritores clássicos gregos, que, às vezes, também se referiam a ela como “Susiana”, segundo a cidade de Susa, ou Susã, que outrora, evidentemente, fora a capital do Elão. Sob o Império Persa, Susa (Susã) era uma cidade real. (Ne 1:1; Est 1:2) Achava-se situada nas rotas comerciais que levavam para o SE, e também para o planalto iraniano. Os esforços de obter o controle destas rotas tornaram o Elão objeto freqüente de invasão por parte dos governantes assírios e babilônios.