==== CIDADES ARMAZÉNS No hebraico, ir miskenoth, “cidade armazém”. A expressão ocorre no Antigo Testamento por sete vezes (Ex 1.11; lRs 9.19; 2Cr 8.4,6; 16.4; 17.12 e 32.28). Sob as fustigadas dos chicotes dos feitores de obras, os israelitas, escravizados no Egito poucas gerações após a época de José, tiveram de construir as “cidades celeiros” (conforme diz a nossa versão portuguesa na primeira dessas referências) de Pitom e Ramssés. Pitom tem sido identificada com o moderno Tell et-Retabah, e Ramssés, com a antiga Tânis.
Salomão construiu certo número de cidades armazéns em Hamate (IRs 9.19), bem como em outros lugares dispersos pelo seu reino, não registrados na Biblia (lRs 9.19; 2Cr 8.4,6). Durante o reinado de Baasa, do reino do norte, Israel, Ben-Hadade, da Síria, concentrou seus ataques sobre as “cidades armazéns”, terminando por conquistá-las, no território de Naftali, juntamente com outras cidades (2Cr 16.4). O rei Josafá, em seu programa de fortalecimento do reino de Judá, construiu tanto fortalezas quanto “cidades armazéns” (2Cr 17.12) . Ezequias também promoveu a construção de “cidades armazéns” (2Cr 32.28). As “cidades armazéns” aparentemente tiveram a sua origem na prática egípcia de prover armazenamento para as colheitas excessivas, durante os sete anos de abundância, como reserva para os sete anos de escassez, o que ocorreu na época em que José foi o primeiro ministro de Faraó. E possível que essas chamadas “cidades armazéns” fossem como grandes silos, com estruturas longas, retangulares, em forma de salão, encontradas em Bete-Semes, Laquis e outros lugares no território de Israel. A começar pelo reinado de Salomão, e continuando durante os governos de reis posteriores, essas cidades armazéns eram usadas para armazenar cereais e azeite de oliveira, para uso posterior nas cortes reais de Judá e de Israel. (Quanto a Jerusalém, ver lRs 4.7,22,23). Esses produtos eram também recolhidos como parte dos impostos pagos ao governo, conforme se tem conhecimento através das ostracas encontradas em Samaria e outras localidades. Alguns estudiosos pensam que esses armazéns não eram usados somente como depósitos de mantimentos, mas isso não pode ser defendido e nem desmentido por meio das Escrituras Sagradas, que nada revelam a esse respeito.