==== CATIVEIRO BABILÔNICO Esse título se refere ao período da história dos judeus que começou no ano de 597 a.C., quando foi deportado o primeiro grande grupo de judeus juntamente com seu rei, Jeoaquim, para Babilônia por determinação de Nabucodonosor. Esse período terminou em 538 a.C., quando Ciro, vencedor persa da Babilônia, baixou um decreto concedendo aos judeus o direito de retornarem a Jerusalém e reconstruírem o templo (ver o artigo). No período entre essas duas datas, tiveram lugar diversas outras deportações, entre as quais aquela após a destruição do templo, em 587 a.C. As fontes informativas diferem no tocante ao número de judeus que foram exilados, conforme se vê mediante a comparação dos trechos de 2Reis 24.14,16 e Jeremias 52.28-30. O certo, porém, é que pelo menos vinte mil judeus foram deportados. Os judeus, chegados à Babilônia, desfrutaram de condições relativamente favoráveis. O solo ali era mais fértil que o da Judeia, e os agricultores judeus facilmente podiam cultivá-lo. Alguns deles conseguiram enriquecer. Muitos tornaram-se tão bem-sucedidos na Babilônia que se recusaram a retornar à Palestina, quando Ciro lhes permitiu o retorno. Contudo, ajudaram financeiramente àqueles que desejaram voltar do exílio. Cerca dc 42 mil judeus retornaram a Judeia, em 538 a.C. e aqueles que permaneceram na Babilônia formaram o núcleo de uma comunidade que, séculos mais tarde, tornou-se um importante centro da erudição e das tradições judaicas. (Ver também o artigo sobre o cativeiro assírio). Tanto o cativeiro assírio quanto o babilónico haviam sido preditos pelos profetas do Antigo Testamento. Por detrás desses cativeiros havia razões morais e espirituais, e não apenas econômicas, militares e políticas, que se originam dos conflitos entre os povos. É verdade que todos esses fatores existiam; mas ao povo de Deus só sucede aquilo que ele permite ou ordena. É assim, todas as grandes modificações, relativas a indivíduos ou nações, dependem, em última análise, da vontade de Deus. O juízo divino sobrevêm aos desobedientes e interrompe, se não mesmo destrói, tudo quanto estiver sendo feito de positivo. Todavia, o juízo divino sempre é remediador, e não apenas punitivo. A apostasia pode ser revertida pelo julgamento divino; e, com frequência, Deus pode fazer coisas boas através do juizo divino, que não podem ser realizadas de outra maneira qualquer. (Ver o artigo sobre o julgamento divino). Quanto à interpretação das predições proféticas de que o cativeiro babilónico foi um juízo divino, ver os trechos de Isaías 54.9,10 e Jeremias 31.3-6. Resultados do cativeiro babilôni- co: Esse evento demonstrou a soberania de Deus e também o seu interesse pelo seu povo. A universalidade de Deus foi demonstrada, porquanto ficou provado que ele trata com todas as nações, e não apenas com Israel. Além disso, os judeus exilados levaram o judaísmo a lugares que, doutra sorte, só teriam sido atingidos dentro de muitos séculos. E isso deu um grande avanço à mensagem espiritual. (ALB AM BAD BAR E)