Hebraico: Jardim Monte Carmelo é bastante popular no Antigo Testamento. Se faz pelo menos 30 menção dele no A.T. Bíblico. Lugar muito fértil, ele é uma montanha na costa de Israel com vista para o Mar Mediterrâneo. O seu nome (Karmel) significa jardim ou campo fértil. A grande cidade israelita de Haifa localiza-se parcialmente sobre o Monte Carmelo, além de algumas outras cidades menores, como Nesher e Tirat Hakarmel. Este trata-se do local onde se deu o duelo espiritual entre o profeta Elias e os profetas de Baal. Foi no Monte Carmelo que Elias provou aos homens que o Deus de Israel era o verdadeiro Deus, e não Baal. Na história apresentada pela bíblia, o Monte Carmelo é citado como o sendo o local onde Elias desconcertou os profetas Baal, levando de novo o povo de Israel à obediência ao Senhor. Foi também no Monte Carmelo que, conforme se lê nas Escrituras, Elias fez descer fogo do céu, que consumiu por duas vezes os 50 soldados com o seu capitão, que o Rei Acazias tinha mandado ali para prender o profeta, em virtude ter este feito parar os seus mensageiros que iam consultar Baal: Zebube, deus de Ecrom. (2 reis 1.9 a 15). A bíblia ainda cita esta montanha como o local em que a mulher sunamita que perdera seu filho, foi encontrar-se com o profeta Eliseu (2 Reis 4.8 a 31) para entender a sua perda. Além do Mediterrâneo, do Alto do Carmelo, tem-se uma vista esplêndida do Líbano, de toda a Galiléia, do vale de Jezreel e do Sarom. Alguns informam que Pitágoras passava horas a fio no Carmelo, conquanto que Vespasiano, ofereceu diversos sacrificios aqui afim de que os deuses o constituissem Imperador.

=== CARMELO No hebraico, “campo plantado”, “parque” ou “jardim”. É palavra que aparece por 26 vezes no Antigo Testamento.

  1. Um Nome Comum. O nome Carmelo aparece de forma indefinida, com os sentidos dados acima, em Isaías 16.10; Jeremias 4.26; 2Reis 19.23. Em Levítico 2.14 e 23.14, o nome aparece para indicar espigas frescas de trigo. Porém, a palavra também ocorre para indicar lugares específicos. É possível que as colinas de pedra calcária do Carmelo tenham recebido tal nome devido à vegetação arbustiva luxuriante e aos densos arvoredos que as encobriam.
  2. Uma Cadeia Montanhosa. Essa cadeia estende-se por cerca de 48 quilômetros, na direção noroeste-sudeste, desde as margens do mar Mediterrâneo, ao sul da baía de Acre, até à planície de Dotã. Em um sentido mais estrito, o monte Carmelo é o pico principal dessa curta cadeia montanhosa que alcança um máximo de 531 m, em sua extremidade nordeste, e que fica cerca de dezenove quilômetros distante da beira-mar. Servia de um dos marcos da fronteira de Aser (Js 19.26). O rei de Jocneão, de Carmelo, foi um dos chefes cananeus que foram derrotados por Josué. Desde os tempos mais antigos, a paisagem de Carmelo, bela como um jardim, foi sagrada para eles, onde adoravam o Baal cananeu, além de outras divindades oraculares. A beleza natural atrai as pessoas à inquirição espiritual. Talvez os mais bem conhecidos episódios que circundaram o Carmelo foram aqueles em que Elias e Eliseu estiveram envolvidos. Foi no monte Carmelo que Elias desafiou e derrotou os profetas de Baal e Aserá, as divindades que Jezabel, esposa do rei Acabe, de Israel, havia decidido promover (1 Rs 18 e 19). Ver o artigo sobre Baal Foi também no monte Carmelo que Eliseu recebeu a visita da mãe cujo filho morrera, e que logo foi por ele ressuscitado (2Rs 4.25).
  3. A Cidade de Carmelo. Era uma aldeia na região montanhosa de Judá (Js 15.55), terra natal de Nabel (ISm 25.2,5,7,40) e de Abigail, a carmelita, a qual tornou-se a esposa favorita de Davi (ISm 27.3). Saul estabeleceu o lugar, após sua vitória sobre os amalequitas (ISm 15.12). Era ali, e não na outra Carmelo, que o rei Uzias tinha as suas vinhas (2Cr 26.10). Essa cidade atualmente chama-se Karmel, estando localizada cerca de quinze quilômetros a sudeste de Hebrom. A palavra não aparece no Novo Testamento. Ao que parece, Judas Iscariotes era natural dessa região, embora isso não transpareça no Novo Testamento. (ID S UN)