Veja Amor. 1 Co 13

===== CARIDADE Por influência da Vulgata Latina, as traduções mais antigas estampam essa palavra em lugar de "amor”. Porém, visto que modernamente esse termo tem um sentido mais restrito, dando a entender a doação de esmolas, o cuidado pelos pobres, enfermos, órfãos etc., as traduções e versões mais modernas dão preferência ao termo "amor" como tradução do termo grego agapé. Apesar disso, a importância da caridade, em seu sentido moderno, tem sido subestimada em muitos segmentos da igreja. Ver o artigo sobre as Esmolas. A caridade cristã, no sentido mais restrito da palavra, tem uma nobre história no judaísmo e no cristianismo. A legislação mosaica tinha provisões favoráveis aos pobres. Os pobres, os órfãos e os estrangeiros tinham o direito de respigar o cereal, a uva e a azeitona (Lv 19.9,10; 23.22; Dt 24.19). Rute tirou proveito desse costume. (Ver Rt 2.2 e ss.). Ver também sobre Respigar. Na igreja primitiva, em Jerusalém, todas as coisas eram usadas em comum, de modo voluntário, a fim de evitar as condições difíceis criadas pela perseguição e pela escassez. Ver o artigo sobre a Vida Comunal da igreja primitiva. As igrejas gentílicas doaram uma oferta substâncial, para aliviar essa situação (ICo 16.1 ss.). Nos primeiros dias do cristianismo, os cristãos praticavam os costumes judaicos quanto aos cuidados pelos pobres e pelas viúvas. Os primeiros diáconos (vide) foram eleitos precisamente com essa finalidade (At 6). Paulo estabeleceu regras para a admissão das viúvas, como pessoas sustentadas pelas igrejas locais (lTm 5.3 ss.). Os primeiros cristãos levaram avante essas práticas, e adicionaram outras, como hospedarias para recepção de viajantes cristãos e estrangeiros. As antigas hospedarias viviam repletas de ladrões e prostitutas, e isso criou a necessidade de hospedarias cristãs. Instituições como hospitais, escolas e orfanatos chegaram a tornar-se parte do trabalho das igrejas. Várias ordens religiosas especializaram-se em trabalhos de caridade. Nessa área de atividades, a igreja Católica Romana tem feito mais e melhor do que os evangélicos em geral. Além disso, não devemos falar sobre as extensas obras de caridade dos espíritas, pois, do contrário, ficaremos embaraçados, porque Deus não nos inspira mais ao amor ao próximo. A caridade, no sentido moderno e restrito, é um aspecto da lei geral do amor, a prova mesma da regeneração e da espiritualidade (lJo 4.7 ss.).