Os carcereiros freqüentemente infligiam torturas cruéis aos presos, daí serem chamados de ba- sa ·ni ·stés. Por exemplo, os devedores eram às vezes lançados na prisão por deixarem de pagar o que deviam. Ali, o carcereiro talvez os açoitasse e torturasse, e não seriam soltos até que, como Jesus disse, tivessem ‘pago a última moeda de pouco valor’. (Mt 5:25, 26) Este era também o ponto da ilustração de Jesus sobre o escravo desapiedado. Quando o amo soube o que seu escravo ingrato fizera, “entregou-o aos carcereiros [ba·sa·ni·staís], até que pagasse de volta tudo o que devia”. — Mt 18:34, 35; compare isso com Re 14:11, onde “tormento” é tradução de ba·sa·ni·smoú. Se os presos escapassem, os carcereiros eram passíveis de sofrer a pena imposta ao fugitivo, segundo o costume romano. Por isso, quando Pedro foi liberto da prisão por um anjo, lemos que Herodes “examinou os guardas e mandou que fossem levados à punição”. — At 12:19. Em Filipos, Paulo e Silas foram arrastados perante os magistrados civis, que ordenaram que fossem espancados com varas, e “depois de lhes terem infligido muitos golpes, lançaram-nos na prisão, ordenando ao carcereiro [de·smo·fý·la·ki] que os mantivesse seguros. Ele, por ter recebido tal ordem, lançou-os na prisão interior e prendeu os seus pés no tronco”. (At 16:22-24) Daí, no meio da noite, um grande terremoto abriu todas as portas da prisão. Isto fez com que o carcereiro imaginasse que os presos tinham escapado, e compreendendo o severo castigo que receberia neste caso, estava prestes a matar-se quando Paulo o avisou de que todos estavam ali. Estes acontecimentos, junto com as instruções de Paulo, moveram esse carcereiro a ter fé, e ele e os da sua casa se tornaram crentes batizados. — At 16:25-36.