Pessoas que se unem para atravessar desertos em segurança, Gn 37.25
==== CARAVANA No hebraico, arach, palavra usada por sete vezes (por exemplo: Gn 37.25 e Is 21.13), e que significa “grupo viajante”. Ver o artigo sobre o Comércio. O "caminho dos nômades”, referido em Juizes 8.11, refere-se a uma rota caravaneira. Formavam- se caravanas por diversos motivos, como migração de povos, viajantes que seguiam em grupos como medida de proteção, e negociantes que andavam em grupos, pela mesma razão. As caravanas tinham seus animais de carga, líderes específicos, se necessário fosse, lugares de descanso e alojamentos em posições estratégicas. Albright demonstrou que desde tão cedo como a Idade do Bronze Médio I (2100-1800 a.C.), já existiam caravanas, e que eram empregados jumentos como bestas de carga, nessa época. As caravanas estabeleceram pontos de ocupação em suas jornadas, espalhados nas rotas comerciais pelo Negue- be e pela península do Sinai, ao longo do caminho interior de Sur (vide), e desde Berseba, passando por Cades-Barneia, até Ismailia e Suez. Os camelos mostravam-se melhores animais de carga para uso nas áreas arenosas, visto que suas patas espalhadas afundam menos facilmente na areia fofa. Foi uma caravana de especiarias, ismaelita-midianita, que levou o jovem José, filho de Jacó, ao Egito, onde ele foi vendido como escravo (Gn 37.25,28). Os camelos também eram melhores animais para serem usados nas viagens pelo deserto, devido à sua capacidade de armazenar água em seus estômagos. Ver o artigo sobre o Camelo. Os servos de Abraão seguiram em lombo de camelo (Gn 24.10,56,61). Salomão fortificou Arade, a fim de proteger as rotas das caravanas, que iam buscar especiarias e incenso no sul da Arábia (lRs 10.2,15). Plínio informa-nos que uma caravana de camelos precisava de 65 dias para ir do sul da Arábia até Gaza. Ver História Natural xii.32. Até hoje há caravanas de camelos, algumas delas imensas, envolvidas nas peregrinações dos islamitas. (DT Z)