Planície, lugar sem árvores. A ‘campina do Jordão’ (Gn 13.10) é aquela região baixa, de um e de outro lado do Jordão, que fica para a parte do sul. Campinas de Moabe’, a seca e tropical região do Arabá, ao norte do Jordão (Nm 22.1; 26.3,63; 31.12; 33.48 a 50; 35.1; 36.13; Dt 34.1,8; Js 13.32); ali se encontram os sítios de várias cidades, sendo bons para cultivação.
=====CAMPINA DO JORDÃO No hebraico, kikkar, “círculo”, “redondo”. Essa palavra era usada para descrever toda espécie de coisas, como distritos, pães e pesos. É vocábulo traduzido por campina ou vale do Jordão, em Gcnesis 13.10, referindo-se a uma área de formato quase oval, ao norte da bacia do mar Morto.
==== CIDADES DA CAMPINA Ver Gênesis 13.12 c 19.29 quanto a essa expressão. As palavras hebraicas envolvidas são comumente usadas para designar uma unidade monetária e também certo formato de pão. Seu sentido básico é “redondeza” ou “nivelamento”. Ao refe- rir-se a algum território, parece que prevalece a ideia de lugar plano. Todavia, a palavra também pode significar “oval”, como no caso em foco, que se refere a uma região que vai da extremidade sul do mar da Galileia até à extremidade norte do mar Morto, região essa que tem uma forma ovalada. Também se tem considerado que a área ia desde o ponto imediatamente acima de Jerico (lRs 7.46; 2Cr 4.17), até à extremidade sul do mar Morto (Dt 34.4). Seja como for, as cidades da campina, como Sodoma e Gomorra, além de outras estão em foco, segundo se vê em Gênesis 13.10. Os nomes de Admá, Zeboim e Bela também fazem parte do texto sagrado. Todavia, os trechos de Gênesis 17.25,28,29 parecem ampliar a área em consideração. Antes do aparecimento de cidades naquela área, compreendemos, com base em Gênesis 13.10, que a terra era fértil de tal modo que merecia comparação com o jardim do Éden ou com o delta do Nilo, no Egito. As descobertas arqueológicas confirmam a fertilidade da região. As condições climáticas têm-se modificado com a passagem dos séculos, e a região não é hoje tão fértil quanto antigamente. O trecho de Gênesis 19 narra a súbita destruição que sobreveio a quatro das cinco cidades mencionadas na área. Zoar, para onde Ló e suas filhas fugiram, foi poupada. Algum tipo de cataclismo natural atingiu a área. Talvez tivesse havido um abalo sísmico que liberou chamas resultantes da combustão de gás ou petróleo de depósitos naturais subterrâneos. Até hoje o betume aflora à superfície das águas do mar Morto. E, desde 1953, Israel tem bombeado petróleo e gás desse lugar. Supõe-se que a área antiga está agora parcialmente coberta pelas águas do mar Morto, que tem uma área maior que na antiguidade. Em Bab edh-Dhra’, um sítio arqueológico da região, tem-se encontrado peças de cerâmica de 2300 a 1900 a.C., confirmando a importância do lugar e os seus ritos religiosos.
A região foi abandonada no começo do século XIX, quando as cidades da região deixaram de ser ocupadas. O trecho de Isaí- as 34.9,10 parece ter uma descrição gráfica de uma erupção de betume, o que poderia ser uma alusão à destruição das cidades da campina, embora usada em outra conexão. Naturalmente, alguns intérpretes preferem pensar em uma explicação total- mente sobrenatural para a destruição ali havida. Seja como for, os habitantes daquelas cidades pecaminosas chegaram a um fim repentino. Diz-se que houve planos de reconstruir a área, com cassinos e lugares de prazer. Mas tais planos foram abandonados quando alguém objetou dizendo: “Oh, não comecemos tudo de novo!” Mas, na sociedade moderna, o estilo de vida de Sodoma e Gomorra tem-se tornado quase universal. Muitos homossexuais têm-se vangloriado disso. Por certo, o juízo divino não anda longe. (CLAP KY)