Qual o signficado de Banquete na Bíblia?

Banquete na Bíblia pode ser traduzido bem genericamente por "pão". Temos varias expressões usadas para descrever uma festa ou um "banquete", como propriamente dito. Temos, por exemplo, o termo karah כרה, que dentro dos muitos significados, temos: "dar um banquete ou festa".

Outra expressão do hebraico é mishteh משתה, um termo aplicado a "festa, bebida, banquete"; enquanto o grego traz δοχη doche, termo para "festa e baquete"; como também κλητος kletos, já se referindo a alguém convidado para um "banquete". Temos também o outro termo grego que é συνανακειμαι sunanakeimai, este signficando: "banquetear-se ao lado de convidados".

Banquete na Bíblia

O banquete, como ato distinto da simples refeição de cada dia, figurava largamente na vida religiosa e social dos hebreus. Dos dias de festa religiosa, em que havia banquetes, se tratará quando se descreverem as diversas Festividades.

Havia banquetes em determinadas ocasiões: quando se celebravam casamentos, na ocasião do desmamar do herdeiro, nas reuniões de despedida, no tempo da tosquia, etc. Nos funerais eram servidos refrescos, mas não havia coisa alguma que se parecesse com o festim pagão.

Faraó e Herodes, segundo lemos nas Sagradas Escrituras, festejavam com banquetes o aniversário do seu nascimento (Gn 40.20 - Mt 14.6). Que nestes diversos banquetes havia, muitas vezes, vergonhosos exemplos de intemperança, é evidente pela atitude dos profetas, que eram compelidos a censurar os participantes (Ec 10.16 - is 5.11 - Jr 35.5).

Como eram os banquetes na Bíblia?

Nos banquetes tinham cantores e dançarinos que estavam muitas vezes presentes. Dos banquetes nasceu o mau costume de reuniões só para beber. Quando qualquer pessoa preparava uma festa para os seus amigos, mandava com alguns dias de antecedência um criado com o necessário convite.

E na tarde do dia aprazado eram outra vez mandados mensageiros à casa dos convidados, para lhes dizerem que viessem tomar parte no banquete. Este costume acha-se mencionado em São Lucas 14.7 e versículos seguintes.

O pedido para que aqueles indivíduos fossem tomar parte no banquete não era feito pela primeira vez - todos eles já tinham sido convidados e haviam aceitado o convite, e, por consequência, estavam comprometidos.

A Recusa a um banquete na Bíblia?

A recusa, depois de todas as formalidades, era um grosseiro insulto à pessoa que convidava, e isso merecia castigo. Os convidados eram bem recebidos pelo dono da casa, o qual os abraçava e beijava, ou nos lábios, nas mãos, nos joelhos ou nos pés, segundo a categoria do convidado.

Era este um costume geral no oriente e comum entre os judeus - por isso Jesus queixou-se a Simão porque este não o tinha beijado quando entrou (Lc 7.45). Os hóspedes, depois de uma jornada, chegando à casa cheios de pó e em mal-estar pela transpiração, tinham por costume lavar-se antes de irem para a mesa.

Lavagem dos pés nos banquetes

Eram, neste ato, geralmente auxiliados por um criado, e o serviço deste era considerado nada honroso - por esta razão o portador da toalha era uma pessoa inferior. Todavia, o próprio Salvador não hesitou em tomar a Seu cargo este humilhante trabalho, quando quis dar aos Seus discípulos lições de amor e humildade (Jo 13.12).

Os pratos eram servidos para cada conviva pela pessoa que presidia à mesa (Gn 43.34 - 1 Sm 1.5 - 9.23,24), mandada dupla quantidade de alimento àqueles a quem se queria particularmente honrar.

Havia, também, o agradável costume de mandar diretamente do banquete a amigos mais pobres certas porções de comida (Ne 8.10 - Et 9.19,22). Perfumes e óleos odoríferos eram oferecidos aos hóspedes, e espargidos sobre a cabeça, barba e vestidos.