Banco ou Cambistas na Bíblia

Banco ou cambistas na Bíblia. É claro que desde os tempos mais remotos o pagamento de taxas, tributos, impostos; compras, propriedades e terras era uma realidade constante nos tempos ainda primitivos. Frequentemente temos o pagamento feito por um Estado ou um governante a outro em reconhecimento de submissão, a fim de manter paz ou obter proteção. (2Rs 3:4; 18:14-16; 2Cr 17:11).

A palavra também é aplicada a um imposto exigido de indivíduos. — Ne 5:4; Ro 13:7. Todo o israelita, rico ou pobre, que tivesse chegado aos vinte anos, ou já passado essa idade, devia pagar na casa do sagrado tesouro, quando se fazia o recenseamento da população, a metade de um siclo, como oferta ao Senhor (Êx 30:13-15).

Bancos e Cambistas no templo

Nós temos uma referencia a banqueiro na Bíblia; tal referência foi expressa pelo termo gremo κολλυβιστης kollubistes, como aceitando depósitos e pagando juros, indica tratar-se de uma operação maior do que a geralmente realizada por um corretor de dinheiro ou cambista; isto é, um banco.

As operações bancarias nos dias de Jesus, ou antes disso, cujas operações principais eram trocar moeda estrangeira por moeda local, e fornecer moedas de menor valor em troca das de maior valor, recebendo certa taxa para cada um de tais serviços.

Alguns desses homens talvez atuassem também como banqueiros, aceitando depósitos e fazendo empréstimos, ao passo que, em outros casos, essas transações financeiras eram realizadas por homens ricos, tais como mercadores e grandes proprietários.

Jesus expulsa cambistas do templo

Os cambistas que Jesus expulsou do templo (Mt 21:12 - Mc 11:15 - Jo 2.15) eram aqueles negociantes que forneciam os meios ciclos, pelo qual podiam exigir um certo ágio, aos judeus de todas as partes do mundo, que, vindo a Jerusalém durante as grandes festividades, tinham de pagar o seu tributo ou o dinheiro do resgate em moeda hebraica.

Também se recorria a esses cambistas para fins gerais do câmbio. Assim, a palavra grega kol·ly·bi·stés (cambista) vem do termo kól·ly·bos, a pequena moeda paga como comissão pelo câmbio do dinheiro.

A palavra grega ker·ma·ti·stés (corretor de dinheiro ou trocador de moedas, como é exibida em João 2:14, é aparentada com kér·ma, traduzida ‘moeda’ no versículo seguinte. Outros serviços mencionados na Míshena judaica como prestados pelos cambistas eram a custódia de dinheiro e o pagamento de salários diante da apresentação de ordens de pagamento.

Jesus derrubou as mesas dos cambistas e os condenou por terem tornado o templo uma “casa de comércio” ou um “covil de salteadores”. Os textos são claros na Bíblia, podendo ser percebidos cautelosamente em Jo 2:13-16; Mt 21:12, 13; Mc 11:15-17.

Jesus considerou exorbitantes as taxas cobradas pelos cambistas; além de toda sinceridade perdidamente derrocada com a globalização romana no território de Israel, o que fazia com que obtivessem grandes lucros com a venda de animais sacrificiais.

A tradição chega dizer que em uma época o preço de dois pombos chegou a ser de um denar de ouro (25 denares de prata). Isto induziu Simeão, filho de Gamaliel, a declarar: “Santo Templo! Não suportarei ver passar a noite sem custarem apenas um denar [de prata].” Nesse mesmo dia, o preço foi drasticamente reduzido, veja melhor no tratado de Keritot 1:7.

O imposto do templo

Quando Jesus esteve conosco, o imposto anual do templo era de duas dracmas (uma didracma). Isso podemos ver em Mt 17:24. Uma vez que judeus de terras muito espalhadas vinham a Jerusalém para celebrar a Páscoa, e pagavam este imposto nessa ocasião, talvez fossem necessários os serviços dos cambistas.

Claro que se usavam eles para trocar moedas estrangeiras em dinheiro aceitável como pagamento do imposto do templo, se não também para a compra dos animais sacrificiais e de outros itens.

A tradição Judaica (Shekalim 1:3) afirma que, no dia 15 de adar, ou cerca de um mês antes da Páscoa, os cambistas montavam seus negócios nas províncias. Mas no dia 25 de adar, quando os judeus e prosélitos de muitas outras terras começavam a chegar a Jerusalém, os cambistas se estabeleciam na área do templo.