Os israelitas murmuram novamente Nm 11: 1-9

Os israelitas murmuram novamente no deserto; desta vez durante sua estada em Parã. Não acostumados com as fadigas de viajar e vagar nas profundezas de um deserto, menos montanhoso, mas muito mais sombrio e desolado do que o do Sinai, talvez os israelitas a exemplo do que viam, não nutria qualquer perspectiva de um país rico que havia sido prometido, ao passo que caíram em um estado de descontentamento veemente.

Com as novas murmurações, a exemplo das outras passadas e das que virão (11:1, 10,33; 14: 2,27,29,36; 16: 1-3,41 e 17: 5), aqui os israelitas teve o desprazer de Deus que foi manifestado contra os ingratos reclamantes por meio de fogo enviado de maneira extraordinária. O nome dado ao lugar decorre do acontecimento de rejeição por parte do Senhor: Taberá – que quer dizer “labareda” – foi o nome desse lugar no deserto de Parã, por conta do fogo vindo da parte de Deus.

É digno de nota, no entanto, que o descontentamento parece ter ficado confinado às extremidades do campo, onde, com toda a probabilidade, "a multidão mista" ou o “populacho” Que havia saído com os filhos de Israel se abrigavam. No entanto, por intercessão de Moisés, o terrível julgamento cessou. (Números 11: 2).

Estudiosos vem apontando que essa multidão junto aos israelitas eram egípcios (Êx 12:38); eles assim sustentam com base na fantasia criada sobre os banquetes contendo certos alimentos dificilmente encontrados onde estavam:

peixes, pepinos, melão, alho poros, cebolas e demais condimentos. (V.5)

Esse fato não tira a culpa atribuída aos israelitas; visto que participaram dos mesmos sentimentos e expressaram insatisfação com o maná com o qual haviam se sustentado até então, em comparação com os luxos vegetais com que haviam sido regalados no Egito.

Então o povo começou a se queixar, falando o que era mau diante do SENHOR; e, quando o SENHOR o ouviu, sua ira se acendeu; e o fogo do SENHOR irrompeu entre eles e devastou as extremidades do acampamento.
Então o povo clamou a Moisés, e este orou ao SENHOR. E o fogo se apagou.
Por isso, aquele lugar foi chamado Taberá, porque o fogo do SENHOR se acendeu entre eles.
Os estrangeiros que estavam no meio deles começaram a desejar muito certas comidas; e até os israelitas também voltaram a reclamar, dizendo: Quem nos dará carne para comer?
Lembramo-nos dos peixes que comíamos de graça no Egito, e dos pepinos, dos melões, dos alhos porós, das cebolas e dos alhos.
Mas agora o nosso ser definha; não temos nada, a não ser este maná diante dos nossos olhos.
O maná era como a semente do coentro, com a aparência de uma resina.
O povo espalhava-se e o colhia. Depois de triturá-lo em moinhos ou de amassá-lo num pilão, cozinhava-o em panelas e fazia bolos com ele; seu sabor era como de azeite fresco.
Quando o orvalho caía de noite sobre o acampamento, caía também o maná.