Prefácio e Saudação
A terceira epístola de João é endereçada a uma amigo pessoal, Gaio. Nela, podemos ver quase as preocupações e ensinos da mesma natureza da anterior, e evidentemente escrita na mesma época e incontestavelmente pela mesma pessoa. Não é necessário dar-lhe nenhum prefácio específico; já que o assunto da autenticidade, não só desta, mas de todas as três epístolas, já foi tratado amplamente, não apenas na introdução a elas, mas nas notas em geral.
Essa carta, e não somente esta, mas as demais, foi supostamente escritas entre 80 e 90 d.C. João elogia Gaio por sua fé, caridade e hospitalidade para com estranhos e ministros do evangelho, a quem ele deseja que todos deem uma recepção gentil.
Gaio, discípulo de Paulo
Gaio, a quem esta epístola é endereçada, é aparentemente um dos dois discípulos de Paulo, que tem este nome. O mais conhecido é o de Corinto, com quem Paulo se hospedou e foi convertido e batizado por Paulo. Outros, com maior probabilidade, supõem que foi Gaio, de Derbe, é o mesmo mencionado em Atos 20:4.
Tudo o que sabemos com certeza deste Caio é que ele era um grande amigo de João, que exercia a hospitalidade com grande zelo e generosidade, apesar da dureza e severidade de Diótrefes, que parece ter sido seu bispo, e que não desejava que a hospitalidade fosse mostrada aos irmãos convertidos do judaísmo.
João promete visitar Gaio e repreender Diótrefes. Há grande probabilidade de que esta carta tenha sido levada pelos judeus convertidos, que viajaram para difundir o evangelho e que fizeram questão religiosa de não entrar entre os gentios e não receber nada deles.
Gaio, exemplo de hospitalidade
A hospitalidade é uma importante virtude, porque é uma forma prática de alguém dar de si mesmo; e aqueles que mais dão de si mesmos são os que mais se assemelham a Jesus Cristo, que nunca poupou coisa alguma de si mesmo, em seu ser viço aos outros.
Os exemplos de hospitalidade, nos dias do Novo Testamento são muitos: são os dos samaritanos (Jo 4:40); de Lídia (At 16:15); de Jasom (At 17:7); dos habitantes da ilha de Malta (At 28:2); de Públio (At 28:7); e claro, o mais elogiavél, de Gaio (3João 5-6).