As vestes do sumo-sacerdote e dos sacerdotes Êx 39: 1 -32

As vestes do sumo-sacerdote e dos sacerdotes. Como vimos em Êx 28 1-40, texto dedicado a pronunciação litúrgica das roupas oficiais, as vestes do sumo-sacerdote e dos demais sacerdotes foi devidamente estabelecida com todos os critérios, estilo e simbolismos. Tudo aqui mencionado pode ser visto com maior riqueza de detalhes, espcificamente:

Arão e seus filhos, Êxodo 28: deveriam usar vestimentas em seu serviço; em Êxodo 28: 2 e a primeira das vestes do sumo sacerdote, e principalmente do éfode, com o cinto, nas ombreiras das quais haveria duas pedras de ônix, com os nomes dos filhos de Israel gravados nelas; depois foi repassado em Êxodo 28 : 6 requisitos sobre a couraça do julgamento, contendo o Urim e Tumim nele em Êxodo 28:15; depois instruções sobre o manto do éfode em Êxodo 28:3; falando sobre a mitra em Êxodo 28:36 e depois, somente depois, temos um texto dedicado as vestes dos sacerdotes comuns registrados em Êxodo 28:40.

Moisés recebe as vestes sacerdotais

Moisés acompanha a produção e confecção do vestuário sacerdotal completo. Tudo precisa ser especificamente confeccionado conforme o proposito e as especificações dadas por Deus no Sinai. Êxodo 39: 1 -32 temos Moisés conferindo toda essa produção.

Algumas curiosidades no manuseio de todo preparo devem ser salientadas, assim como o fato registrado no (V.3). Uma maneira de se fazer fios de ouro nesse tempo remoto é por meio se cortar os fios de ouro. Para conseguir o feito eles precisavam bater ouro em placas finas só para então conseguir cortar. Esse é um método primitivo de formar fios de ouro. É a única vez que temos essa narração que não é mencionado em nenhum outro lugar, mas que deixa bem claro implicar um estado de arte metalúrgica ainda bem rude nos tempos primitivos.

Já pontuamos de foram muito específica as técnicas utilizadas para se conseguir cores como o azul, o roxo, o escarlate. Tudo foi feito de forma tão sinérgica que os fio de linho branco foram tecidos em um tecido padronizado. Os fios de ouro foram inserido posteriormente na forma de bordado. Wilkinson, conhecedor da cultura egípcia afirma ser essa uma prática semelhante que já prevalecia no Egito Antigo; é provável que as mulheres israelitas a dominassem. (Wilkinson, Ancient Egyptians, vol. Iii., P. 128).

O escritor Judeu Aben Ezra observa pontualmente que as vestes sacerdotais refletem a glória e beleza da natureza humana de Cristo, que era como uma vestimenta colocada, retirada e colocada novamente, e na qual ele oficiava como um sacerdote, e ainda o faz; e que agora é muito glorioso, e no qual ele é mais formoso do que qualquer um dos filhos dos homens; e das vestes de salvação e manto de justiça, em que todo o seu povo, seus sacerdotes, aparecem excessivamente gloriosos e belos, mesmo em uma perfeição de beleza.

Como era o Éfode Sacerdotal?

A éfode era a vestimenta externa e foi colocada sobre o manto sacerdotal; era uma vestimenta curta, alcançando os lombos, pelo menos assim que Kimchi pontua. Outros como Abardinel colocam-no sobre as nádegas. Por vezes recorremos aos comentaristas judeus que também divergem entre sí. É o caso por exemplo de alguns afirmarem que o éfode não desceria aos calcanhares ou pés, como Jarchi e Maimonides, o que parece ser razoável, uma vez que Josefo afirma que ele possuía apenas um mais que côvado de comprimento, que era pouco mais de meio metro.

Como vestimenta, o Éfode era distinta das ombreiras e descia dali. A parte posterior cobria as costas e chegava ao meio das nádegas; e a parte dianteira cobria o peito e a barriga, e com ombreiras sob as cavidades dos braços era abotoada com pedras de ônix no topo dos ombros e era cingida ao peito por um curioso cinto. O Éfode não tinha mangas, embora Flávio Josefo o diga que teve. No entanto, este Éfode diferia do éfode de linho usado pelos sacerdotes comuns e outros, e era um símbolo da natureza humana de Cristo, nosso grande Sumo Sacerdote.

Em Êx 39: 28 temos a inserção de uma mitra que pode ser colocada como um “turbante”. Este, exclusivo de Arão. O mesmo texto nos fala de calções de linho fino torcido, os “gorros bonitos”, ou melhor, “gorros”, para seus filhos, mas também para Arão. Toda veste Sacerdotal feitas para Arão e seus filhos pode ser observadas nos comentários de Êxodo 28: 1-43.

Autores Judaicos usados sobre as vestes sacerdotais

Ezra Abraham ibne Meir ibne Esdras, importante escritor judeu da Idade Média. Foi um sábio e rabino espanhol.

Kinche David Kimhi, pode ser o mesmo que você vê em varias literaturas ser chamado de Kimchi ou Qimchi. (1160-1235), e também conhecido pelo acrónimo RaDaK foi um rabino filósofo, da idade média, comentador da bíblia hebraica.

Jarchi Rashi é na verdade Shlomo Yitzchaki (1040 - 1105), hoje geralmente conhecido pela sigla Rashi foi um rabino e autor francês medieval de um comentário abrangente sobre o Talmud e comentário sobre a Bíblia Hebraica (o Tanakh)

Maiomonedes Moisés ibne Maimom é conhecido por alguns como A Grande Águia. Forma carinhosa de reconhecimento por seu excepcional expoente fidedigno no que diz respeito à Torá oral e leis judaicas em geral.Pode ser referido pelo acrônimo Rambam.

Josefo Flávio Josefo ou como em romano Tito Flávio Josefo. Foi um historiador e apologista judaico-romano, descendente de uma linhagem de importantes sacerdotes e reis, que registrou in loco a destruição de Jerusalém, em 70 d.C.

Fizeram as vestes litúrgicas para ministrar no lugar santo, e as vestes sagradas para Arão, de tecido azul, púrpura e carmesim, conforme o SENHOR havia ordenado a Moisés.
O colete sacerdotal foi feito de ouro, de tecido azul, púrpura e carmesim, de linho fino torcido.
Bateram o ouro em lâminas finas, que foram cortadas em fios, para entretecê-lo no tecido azul, na púrpura, no carmesim e no linho fino, obra artesanal.
Fizeram para o colete ombreiras que se juntavam, para que pudesse ser unido pelos seus dois cantos superiores.
O cinto que ficava sobre o colete sacerdotal formava com ele uma só peça e era feito de modo semelhante; era de ouro, de tecido azul, púrpura e carmesim, de linho fino torcido, conforme o SENHOR havia ordenado a Moisés.
Também prepararam as pedras de berilo, engastadas em ouro, e as lavraram como um lapidário grava um selo, com os nomes dos filhos de Israel,
e as puseram sobre as ombreiras do colete sacerdotal, para servir de pedras de memorial para os israelitas, conforme o SENHOR havia ordenado a Moisés.
O peitoral também era obra artesanal, semelhante ao colete sacerdotal, feito de ouro, de tecido azul, púrpura e carmesim, de linho fino torcido.
E fizeram o peitoral, quadrado e dobrado. O seu comprimento e a sua largura eram de um palmo.
Nele foram engastadas quatro fileiras de pedras: a primeira era de um rubi, um topázio e uma esmeralda;
a segunda fileira era de uma turquesa, uma safira e um ônix;
a terceira era de um jacinto, uma ágata e uma ametista;
e a quarta fileira era de uma crisólita, um berilo e um jaspe; todas colocadas nos seus engastes de ouro.
Eram doze pedras, segundo os nomes dos filhos de Israel, gravadas como um lapidário grava um selo, cada uma com o nome de uma das doze tribos.
Também fizeram sobre o peitoral correntes de ouro puro, trançadas como cordas.
Fizeram também de ouro dois engastes e duas argolas, as quais fixaram nas duas extremidades do peitoral.
E passaram as duas correntes de ouro trançadas pelas duas argolas, nas extremidades do peitoral.
Fixaram as outras duas pontas das duas correntes nos dois engastes e as puseram sobre as ombreiras do colete sacerdotal, na parte dianteira.
Fizeram outras duas argolas de ouro, que puseram nas duas extremidades do peitoral, na sua borda, junto ao colete sacerdotal, por dentro.
Fizeram mais duas argolas de ouro, que puseram nas duas ombreiras do colete sacerdotal, por baixo, na parte dianteira, junto à sua costura, acima do cinto do colete sacerdotal.
E uniram o peitoral ao colete sacerdotal, pelas suas argolas, por meio de um cordão azul, para que ficasse sobre o cinto do colete sacerdotal e o peitoral não se separasse dele, conforme o SENHOR havia ordenado a Moisés.
Fizeram também o manto do colete sacerdotal, bem tecido, todo de tecido azul,
com uma abertura no meio e uma dobra tecida em volta, para que não se rompesse.
Nas abas do manto fizeram romãs de tecido azul, púrpura e carmesim, de linho fino torcido.
Fizeram também campainhas de ouro puro, pondo-as nas abas do manto ao redor, entre as romãs.
As campainhas e as romãs se intercalavam nas abas do manto ao redor, para uso no ministério, conforme o SENHOR havia ordenado a Moisés.
Fizeram as túnicas de linho fino para Arão e seus filhos, obra de tecelão,
e a mitra e o adorno dos turbantes de linho fino, e os calções de linho fino torcido;
e o cinto de linho fino torcido, de tecido azul, púrpura e carmesim, obra de bordador, conforme o SENHOR havia ordenado a Moisés.
Fizeram também a lâmina da coroa sagrada de ouro puro e nela gravaram uma inscrição como a gravura de um selo: SANTO AO SENHOR.
E ataram-lhe um cordão azul, para prendê-la à parte superior da mitra, conforme o SENHOR havia ordenado a Moisés.
Assim foi concluída toda a obra do tabernáculo, a tenda da revelação; os israelitas fizeram tudo exatamente como o SENHOR havia ordenado a Moisés.