Ai é conquistada e destruída Js 8: 1–29

Ai é conquistada e destruída. Essa é mais uma vitória significativa bem no centro de Canaã. A conquista da Cidade de ai, assim como a de Jericó é mais que um aviso as demais nações que enfrentariam o terror do Senhor. Agora que os israelitas haviam removido a causa de sua derrota (Josué 7: 1 – 26), Deus prometeu a Josué vitória sobre Ai.

Diferente da orientação de antes, Deus acrescentou que nesta ocasião os israelitas poderiam ficar com o saque para si, como pode ser visto em (8:1-2). Mesmo com a garantia de vitória de Deus, Josué planejou o ataque minuciosamente. Uma companhia de soldados deveria atrair os homens de Ai para fora da cidade para lutar, então uma segunda companhia sairia do esconderijo para atacar Ai pela retaguarda (3-9).

Como previsto, o plano funcionou perfeitamente e é mais uma das muitas provas bíblicas de que a ação de Deus nem sempre inutiliza estratégias e ações humanas. Quando a primeira companhia israelita atraiu o inimigo, Ai ficou indefeso, como podemos ver claramente em Josué 8: 10-17. A segunda companhia israelita então capturou a cidade (18-19). Os homens de Ai, presos entre as duas companhias, foram exterminados (20-23). Os israelitas mataram as pessoas presas dentro de Ai, após o que saquearam a cidade e a queimaram (24-29).

Ai e Betel, mesmo povo, mesmo rei

Em Josué 8: 10 temos um registro que mostra que tanto Betel como Ai eram um, tendo o mesmo rei, e todos os homens de ambos os lugares envolvidos na batalha, e claro, todos foram mortos! Além disso, pode-se duvidar que a própria Ai fosse algo mais do que a principal fortaleza de Betel. Não temos ideia de por que o nome Ai recebeu tanto mais ênfase aqui, talvez por ser a resistência primária; isto é, não se acessa Betel, se não atravessar Ai.

As referências a Betel aqui são misteriosas e não podem ser totalmente explicadas. O "rei de Ai" também era o "rei de Betel". Isso, se não for provado, é certamente provável pelo fato de que a Bíblia declara categoricamente que Josué matou o rei de Betel (Josué 12:16), e se a ocasião discutida aqui não é quando isso aconteceu, quando foi? Poderia haver um momento melhor para Josué destruir Betel, do que esta ocasião, quando nem um único homem foi deixado vivo? Entender Ai e Betel como "uma cidade" em vez de "duas cidades" esclarece tudo.

Isso explica por que "não ficou homem algum em Ai ou Betel que não tenha ido atrás de Israel" (Josué 8:17). Nesse sentido, começamos a ter um vislumbre de que tipo de livro Josué realmente é. Não é um registro detalhado de tudo o que aconteceu na conquista. Os eventos narrados são dados por motivos específicos, sendo o significado religioso de cada um o principal motivo de sua inclusão.

O quadro dramático aqui é o dos exércitos totais de Betel e Ai correndo pelas estepes para destruir o que eles erroneamente supuseram ser os israelitas derrotados. Que corrida tola e precipitada para o desastre! Os homens se perguntam como uma coisa dessas pode acontecer, mas acontece com frequência. O rei de Ai estava cego para seus próprios interesses; o pecador não é o mesmo? O rei falhou em tomar as precauções mais óbvias; por conta disso, Ai e Betel, caíram, total e completamente diante de Josué.

Então o SENHOR disse a Josué: Não tenhas medo, nem te assustes; toma contigo todos os guerreiros, levanta-te, e avança contra Ai. Eu te entreguei nas mãos o rei de Ai, o seu povo, a sua cidade e a sua terra.
Farás a Ai e a seu rei, como fizeste a Jericó e a seu rei; todavia podereis tomar os seus despojos e o seu gado. Prepara emboscada à cidade, por detrás dela.
Então Josué se levantou, com todos os guerreiros, para avançar contra Ai; e Josué escolheu trinta mil homens valentes, e enviou-os de noite.
E deu-lhes esta ordem: Ficai de emboscada contra a cidade, por detrás dela; não vos distancieis muito da cidade, mas ficai todos de prontidão.
Mas eu e todos os que estão comigo nos aproximaremos da cidade; e quando eles saírem contra nós, fugiremos deles, como aconteceu antes.
E eles sairão atrás de nós, até que os tenhamos afastado da cidade. Eles dirão: Fogem de nós, como aconteceu antes. Quando estivermos fugindo deles,
saireis da emboscada e tomareis a cidade, porque o SENHOR, vosso Deus, a entregará nas vossas mãos.
Logo que tiverdes tomado a cidade, ateai fogo nela, fazendo conforme a palavra do SENHOR. Atenção! É uma ordem que estou vos dando.
Assim Josué os enviou, e eles ficaram de emboscada, colocando-se entre Betel e Ai, ao ocidente de Ai; Josué, porém, passou aquela noite no meio do exército.
Josué levantou-se de madrugada, passou o exército em revista, e então, com os anciãos de Israel à frente do exército avançou contra Ai.
Todos os guerreiros que estavam com ele avançaram e, aproximando-se pela frente da cidade, acamparam ao norte de Ai, onde havia um vale entre eles e Ai.
Ele escolheu cerca de cinco mil homens e os colocou de emboscada entre Betel e Ai, ao ocidente da cidade.
Assim o povo, todo o acampamento ao norte da cidade, e a emboscada ao ocidente da cidade se posicionaram. Naquela noite Josué dirigiu-se até o meio do vale.
Quando o rei de Ai viu isso, ele e todo o seu exército se apressaram. Eles se levantaram de madrugada, e os homens da cidade saíram ao combate contra Israel, ao lugar determinado, defronte da planície; mas ele não sabia que havia uma emboscada contra ele atrás da cidade.
Josué e todo o Israel fingiram-se derrotados por eles, e fugiram pelo caminho do deserto.
Portanto, todo o exército da cidade foi convocado para persegui-los; e ao perseguirem Josué, afastaram-se da cidade.
E não restou um só homem em Ai, nem em Betel, que não saísse atrás de Israel; assim deixaram a cidade aberta, e perseguiram a Israel.
Então o SENHOR disse a Josué: Estende para Ai a lança que tens na mão; porque eu a entregarei a ti. E Josué estendeu a lança que trazia na mão para a cidade.
E, quando ele estendeu a mão, os que estavam de emboscada levantaram-se depressa do seu lugar e, correndo, entraram na cidade e a tomaram; e, depressa, puseram fogo à cidade.
Nisso, os homens de Ai olharam para trás, viram a fumaça da cidade, que subia ao céu, e não puderam fugir nem para um lado nem para o outro, porque o exército que fugia para o deserto voltou-se contra eles.
E vendo Josué e todo o Israel que a emboscada havia tomado a cidade, e que a fumaça da cidade subia, voltaram e derrotaram os homens de Ai.
E aqueles que estavam na cidade também saíram contra eles, e assim os homens de Ai ficaram no meio dos israelitas, que os cercaram por um lado e pelo outro; e eles os derrotaram, de modo que não restou ninguém vivo, nem qualquer fugitivo.
Mas ao rei de Ai tomaram vivo, e o trouxeram a Josué.
Quando os israelitas acabaram de matar todos os moradores de Ai no campo, no deserto onde os haviam perseguido, e quando todos eles haviam caído ao fio da espada até serem aniquilados, todo o Israel voltou para Ai e a feriu ao fio da espada.
Todos os que caíram naquele dia, homens e mulheres, foram doze mil, isto é, todos os de Ai.
Pois Josué não recuou a mão estendida com a lança, até que todos os moradores de Ai fossem totalmente aniquilados.
Os israelitas tomaram para si apenas o gado e os despojos da cidade, conforme a ordem que o SENHOR dera a Josué.
E Josué incendiou Ai e tornou-a num montão de ruínas perpétuo, como ela está até o dia de hoje.
Ao rei de Ai enforcou num madeiro e deixou-o ali até a tarde. Ao pôr do sol, por ordem de Josué, tiraram do madeiro o cadáver, jogaram-no à porta da cidade e levantaram sobre ele um grande montão de pedras, que permanece até o dia de hoje.