Abraão intercede por Sodoma Gn 18:23-33
Abraão é ousado. Talvez nenhum combustível seja tão eficaz como a intimidade. A relação de pai e filho é a única capaz de colocar um mortal como Abraão, ou qualquer um de nós no ponto de dizer: “Destruirás o justo com o ímpio?” (V. 23)
Começa aqui um ciclo de questionamentos por parte de Abraão. Ele começa interceder pelas cidades, o que prova plena consciência de Abraão era conhecedor das misericórdias de Deus. Abraão sabia que Deus faria distinção entre justos e injustos. Ele só não sabia que eram tão poucos, apenas Ló e sua casa.
Longe de qualquer determinismo grosseiro, a oração (intercessão) de Abraão em favor das cidades está longe de ser grosseira, e expressa de maneira humilde sua preocupação com as pessoas, principalmente os da sua casa, motivo pelo qual ele especifica a Cidade de Gomorra, local onde sua parentela reside. (vs. 28,30,32).
Abraão começa indagando ao Senhor se não haveria ao menos 50 justos no local. É claro que o número necessário para evitar o Juízo tenha caído de 50 para 10 pessoas, ainda assim foi insuficiente, mas não ao ponto de impedir o salvamento de Ló e sua casa em Gomorra. Sem evitar a destruição das cidades, Abraão consegue poupar sua família.