A oferta da festa das trombetas Nm 29:1-11
A oferta da festa das trombetas. Já pontuei por diversas vezes sobre a dificuldade de entender o ano judaico; soa mais fácil se olharmos a partir do fato de que eles possuíam um calendário religioso e outro civil, os dois dentro do mesmo ano.
Isso porque os judeus tinham um sistema duplo de anos; havia o ano religioso que começava com o mês Abib (Nisan), a primeira parte do qual era homenageada pelas cerimônias da Páscoa e a festa dos Pães Ázimos; e então houve o ano que começou no primeiro dia de Tisri, sendo esta a ocasião do toque das trombetas (Números 10:10) e a celebração de Rosh Hoshannah, o Ano Novo Judaico.
Além disso, durante este sétimo mês (religioso), veio o grande Dia da Expiação e todo o ritual realizado pelo sumo sacerdote naquele dia (Êxodo 16). Isso foi marcado pelos judeus como Yom Kippur, ou, mais precisamente, "Yom ha-Kippurim".
Todas essas ofertas mencionadas aqui são adicionais aos novilhos, carneiros e cabras oferecidos pelo sumo sacerdote no Dia da Expiação. A festa das trombetas era o anúncio do novo ano, o ano civil começado no discurso do ano religioso.
O ano civil começava no sétimo mês do ano religioso
E no sétimo mês. Era o início do ano civil e era uma época de grande festa, iniciada com o toque de trombetas. Corresponde a uma parte do nosso setembro. Imitando os judeus, diferentes nações começaram seu novo ano com sacrifícios e festividades. Os antigos egípcios o fizeram e os persas ainda celebram seu nawi rooz [persa], ou dia de ano novo, que eles mantêm no equinócio vernal.
O primeiro dia do ano é geralmente uma época de festa em todas as nações civilizadas. Neste dia, os israelitas ofereceram um novilho, um carneiro, sete cordeiros e um cabrito, como oferta pelo pecado, além de ofertas de cereais e ofertas de carne. Observe que esta série de ofertas segue um padrão no número e categoria de animais a serem oferecidos, na quantidade das ofertas de manjares em cada caso e na inclusão das ofertas de bebida.
Todos esses são complementares e adicionais aos sacrifícios e cerimônias regulares já prescritos em Êxodo e Levítico. O dia da expiação era o décimo dia do sétimo mês. Outra grande festa judaica ocorria neste mês, a saber, a Festa dos Tabernáculos, que acontecia no décimo quinto dia desse mesmo mês. As ofertas para este dia foram extensas, mais do que para qualquer outro dia, como aparece imediatamente no texto.