A aliança de Deus com seu povo Êx 34: 10-28
A aliança de Deus com seu povo . Moisés é inteligentíssimo. O motivo pelo qual Deus (o pecado) se propõe não estar entre o povo é o mesmo usado por Moisés para convencer o Eterno do contrário: sua misericórdia! Na oração de Moisés ele clama pela misericórdia de Deus; é a alternativa que ele tem de levar a Deus o insistente pedido e desejo de tê-lo no acampamento.
que usa de bondade com milhares; que perdoa a maldade, a transgressão e o pecado; que de maneira alguma considera inocente quem é culpado; que castiga o pecado dos pais nos filhos e nos filhos dos filhos, até a terceira e quarta geração. (Ex 34:7)
Como resultado Deus atende a Moisés, além de noticiar campanhas de vitórias contra as nações ainda não conhecidas revela: “os amorreus, os cananeus, os heteus, os perizeus, os heveus e os jebuseus”. Talvez seja interessante posicionar particularmente sobre os confrontos que virão contra os israelitas.
Quem são os amorreus, cananeus, heteus, perizeus, heveus e os jebuseus?
Toda essa descendência, destes, dos demais e dos filhos de Jacó são ancestralmente filhos dos filhos de Noé. Ou descendem de Sem (o caso dos israelitas), ou de Cam, ou de Jafé. Cam tem sua prole locada bem aqui, uma vez que seus filhos foram Cuxe, Mizraim, Pute e Canaã.
Canaã, filho de Cam, teve dois filhos, os chamados Sidom e Hete; portanto, Cam é o ancestral dos jebuseus, amorreus, girgaseus, heveus, arqueus, sineus, arvadeus, zemareus e hamateus; e depois se espalharam as famílias dos cananeus. Os heteus são filhos de Hete, filho de Canaã, filho de Cam; já os perizeus, pode vir a ser uma cognominação diversificada compreendendo a vários povos que viviam em aldeias na terra de Canaã, sendo, portanto àqueles cujas origens eram desconhecidas.
Toda promessa é seguida de exigências. Deus faz uma muito clara: “Não faças aliança com os habitantes da terra em que entrarás, para que não caias em armadilhas” (v. 12). Ser influenciadores ou influenciados! Esse dilema sempre foi um dos maiores problemas do povo de Deus, que temendo que ás influencias advindas dos novos povos recém-conquistados pudessem prejudicar no tempo vindouro, assim como as influências do Egito já os tinha e estava prejudicando.
Por isso Deus faz uma severa advertência contra as práticas apóstatas, nutrindo uma seleção de rituais e leis apontando nas áreas que Israel tinha fragilidade e/ou onde os pecados eram residentes. As exigências consubstanciadas aqui são as mesmas já entregues: não pratique idolatria; não se prostituam com mulheres que te leva prostituir contra mim; não faça imagens idolatras; celebre minhas festas; devolva a mi o primogênito e guarde o meu sábado.
As leis cerimoniais e civis cumprem o requisito de aproximação, o sacrifício é um modelo de aproximação. É por meio da observância as suas leis que o Eterno quer, pode meio das atividades religiosas, estreitar seu relacionamento com os israelitas. Dentre as observações trazidas pelo Senhor a Moisés, temos praticas meticulosos, tais como: “Não cozinharás o cabrito no leite de sua mãe.”(V. 26)
Por quê não cozinhar o cabrito ao leite de sua mãe?
Não é somente aqui, mas por ao menos três vezes no Pentateuco temos essa ordem de não cozinhar cabrito no leite de sua mãe, são elas em Êx 23:19; 34:26 e Dt 14:21. É provável que o Eterno pretenda desassociar seu povo (o que não está sendo fácil) dos costumes herdados pela cultura egípcia, por meio do qual em alguns rituais de fertilidade praticados no Egito como mesmo agora em Canaã eram celebrados.
O Famosos comentário Bíblico de Jamieson, Fausset e Brown comentando Êx 23:19 afirma que os egípcios ferviam, ao término das colheitas, “um cabrito no leite de sua mãe, e aspergiam o caldo, como um encantamento mágico, sobre os seus jardins e campos, para que estes os retribuíssem com mais produtividade na próxima estação.
Filo, em sua obra sobre as Virtudes, afirma que (ca. 20 a.C. 50 d.C.) a ordem de não cozinhar o cabrito no leite de sua mãe como uma proibição de natureza ética. Matar o filhote, segundo ele, implicava em acrescentar à mãe, além da dor do parto, também a dor da separação afetiva de sua prole; causar à mãe o sofrimento de não ter o seu úbere esvaziado do leite produzido para amamentar seu filho; usar o próprio leite destinado a “nutrir os vivos, para dar sabor e tempero ao animal morto”.