Qual o significado de Usura na Bíblia?

A usura é pecado. Quando praticada, deve ser honesta, branda e misericordiosa; nunca ultrapassar o valor da dívida original. Temos algumas palavras em hebraico para usura; todas elas transmitem a ideia de "ganho excessivo".

O termo marbiyth מרבית, é frequentemente colocado como: "aumento, juro, usura". Já o termo ’mashsha משא aplica-se a pessoa que empresta determinado dinheiro com o fim de obter lucros, usura.

O fato de emprestar a juros e ser um credor é alinhado pelo termo hebraico ’nasha נשא e este, no caso, traduz a ideia de: "agir como credor". As leis que diziam respeito a dívidas tinham muitas particularidades segundo as circunstâncias dos judeus.

Os israelitas não cobravam juros de seus irmãos

Todo o proveito, ou juro, ou beneficio, além do valor do dinheiro ou objeto, era coisa proibida entre os hebreus, embora pudessem ser recebidos juros dos estrangeiros.

Este regulamento tinha por fim conservar a maior parte da nação na média condição de vida, que é, na verdade, a mais feliz.

As leis mosaicas eram tão opostas aos hábitos e práticas que pudessem criar o pauperismo, como à grande acumulação de propriedade. Parece que os judeus aprenderam a prática da usura durante o cativeiro, embora isso fosse proibido pela Lei; veja melhor em:

Lv 25:36,37 - Ez 18:8,13,17.

Qual o valor do juro nos tempos Bíblicos?

A importância do juro, que levavam, era provavelmente 1% ao mês; pelo menos é assim que vemos em Ne 5.11, ou 12% ao ano. Depois da volta do cativeiro, queixavam-se os pobres dos seus irmãos mais ricos (Ne 5.1 a 15), os quais foram publicamente censurados por Neemias (6 a 13).

Reconheceu-se que a censura era justa, sendo feita a restauração. Ainda que o seu exílio na Babilônia os tinha curado do mal da idolatria, entregavam-se muito ainda a atos de ambição e opressão - e, por meio de hipotecas, os que eram mais ricos apossavam-se das terras, e ainda das pessoas, em troca de alimentos e outras coisas necessárias.

Entre os egípcios o juro acumulado nunca devia exceder duas vezes a importância da primitiva quantia emprestada.