Paulo considerava também como soldados de Cristo aqueles que colaboravam com ele na pregação das boas novas, chamando-os de ‘soldados companheiros’. — Fil 2:25; Flm 2. O apóstolo Paulo escreveu a Timóteo, que fora por ele encarregado duma pesada responsabilidade: “Como soldado excelente de Cristo Jesus, participa em sofrer o mal. Nenhum homem, servindo como soldado, se envolve nos negócios comerciais da vida, a fim de que possa ganhar a aprovação daquele que o alistou como soldado.” (2Ti 2:3, 4) O bom soldado espera durezas, e sabe que precisa estar pronto para servir em todas as ocasiões e perseverar nas condições mais provadoras. Enquanto está na guerra, não procura confortos e aquilo que lhe agrada. Seu tempo e suas energias estão à disposição do seu superior. Além disso, o soldado renuncia a negócios, propriedade rural, ofício ou vocação, a fim de servir. Não se envolve em outras coisas que afastariam a mente e as energias da luta todo-importante em que está empenhado. Senão, provavelmente lhe custaria a vida ou a vida dos que dependem dele. Segundo historiadores, não se permitia aos soldados romanos empenhar-se em negócios, e proibia-se-lhes atuar como tutores ou curadores duma propriedade, a fim de não serem desviados do seu objetivo como soldados. Mesmo sob a Lei mosaica, o homem recém-casado, ou o homem com uma casa que ainda não dedicara ou com um vinhedo do qual ainda não colhera frutos, estava eximido do serviço militar. E um homem temeroso certamente seria mau soldado e minaria o moral dos soldados companheiros; por isso, tal homem estava eximido sob a Lei. (De 20:5-8) Portanto os cristãos, tanto judeus como gentios, podiam prontamente entender a força da ilustração de Paulo.