Hebraico: muito pacifico Salomão é um personagem da Bíblia (mencionado, sobretudo, no Livro dos Reis), filho de David com Bate-Seba, que teria se tornado o terceiro rei de Israel, governando durante cerca de quarenta anos (segundo algumas cronologias bíblicas, de 1009 a 922 a.C. O nome Salomão ou Shlomô (em hebraico:שלמה), deriva da palavra Shalom, que significa paz e tem o significado de Pacifico. Também chamado de Jedidias (em árabe سليمان Sulayman) pelo profeta Natã. (II Samuel 12:24, 25). Foi quem, segundo a Bíblia (em Reis e em Crônicas), ordenou a construção do Templo de Jerusalém, no seu 4.º ano, também conhecido como o Templo de Salomão. Depois disso, mandou construir um novo Palácio Real para o Sumo Sacerdote, o Palácio da Filha de Faraó, a Casa de Cedro do Líbano e o Pórtico das Colunas. A descrição do seu Trono era exemplar único em seus dias. Mandou construir fortes muralhas na cidade de Jerusalém, bem como diversas cidades fortificadas e torres de vigia. Salomão se notabilizou pela sua grande sabedoria, prosperidade e riquezas abundantes, bem como um longo reinado sem guerras. Foi após a sua morte, que ocorre o previsto cisma nas Tribos de Israel, originando o Reino de Judá (formado pelas 2 Tribos), ao Sul, e o Reino de Israel Setentrional (formado pelas 10 Tribos), ao Norte. Salomão ordenou a construção do primeiro Templo de Jerusalém, o qual começou a ser construído no quarto ano de seu governo, no segundo mês do ano 480 depois da saída de Israel do Egito. Foram necessários 30.000 trabalhadores para serrar a madeira no Líbano, 70.000 para o transporte das cargas e 80.000 que talhavam as pedras nas montanhas, além de 3.300 chefes-oficiais.O Templo media sessenta côvados de comprimento, vinte de largura e trinta de altura. Era todo revestido em seu interior por cedro, madeira nobre, e nenhuma pedra se via; o chão era de tábuas de cipreste, também madeira nobre; posteriormente cobriu-se todo o interior do templo de ouro puro. O Santo dos Santos, câmara mais especial, que guardava a Arca da Aliança, era revestido totalmente de ouro, e era um cubo cuja aresta media vinte côvados. O altar também foi coberto de ouro. O Templo também apresentava enormes átrios (pátios) exteriores. Diferentemente de seu pai, Salomão não se tornou um líder guerreiro, pois isso não foi preciso. Soube manter a grande extensão territorial que herdara de seu pai. Mostrou, de acordo com a tradição judaica, ser um grande governante e um juiz justo e imparcial. Soube habilmente desenvolver o comércio externo e da indústria, as relações diplomáticas com países vizinhos, o que levou a um progresso considerável das cidades israelitas. Salomão casou com uma filha de Faraó (Anelise) e recebeu como dote de casamento a cidade cananéia de Gezar. Renovou a aliança comercial com Hirão, Rei de Tiro. Ficou conhecido por ter ordenado a construção do Templo de Jerusalém (também conhecido como o Templo de Salomão), no Monte Moriá. Isto ocorreu no seu 4º ano de reinado, exatamente no 480.º ano (479 anos completos mais alguns dias ou meses) após o Êxodo de Israel do Egipto. (Os historiadores e exegetas bíblicos consideram esta data como artificial, embora haja alguns biblistas que a consideram uma sincronização autêntica.) Após isso mandou construir fortes muralhas na cidade de Jerusalém, bem como mandou reconstruir e fortificar diversas cidades (como por exemplo, Megido, Bete-Seã, Hazor…) e construir cidades-armazém. Salomão organizou uma nova estrutura administrativa, dividindo as terras em 12 distritos administrativos governados por funcionários nomeados diretamente pela administração central. No exército, deu especial importância a cavalaria e aos carros de guerra. Dispunha no porto de Eziom-Geber, no Golfo de Aqaba de uma frota de navios comerciais de longo curso, chamados de navios de Társis. A tradição posterior imputaria a Salomão grande sabedoria e ao seu reinado o status de época áurea. Ele é considerado dentro da tradição judaico-cristã, como o homem mais sábio que já viveu até então. A Bíblia nos relata que no seu reinado diversos reis e governantes vinham a Israel fazer perguntas e receber conselhos do Rei Salomão, incluindo a rainha de Sabá. Durante os séculos posteriores, diversas obras de outros autores eram imputadas a Salomão, para dar-lhes valor.