A Rainha de Sabá e Salomão

De acordo com a Torá e AT, a rainha da terra de Sabá teria ouvido sobre a grande sabedoria do rei Salomão de Israel, e viajado até ele com presentes de especiarias, ouro, pedras preciosas, e belas madeiras, pretendendo testá-lo com suas perguntas, como está registrado no Primeiro Livro de Reis (10:1-13 - 1 Cr 9:1-12).

O relato prossegue apontando a rainha como maravilhada pela grande sabedoria e riqueza do rei Salomão. Salomão respondeu, no que lhe concerne, com presentes e tudo o que ela desejou, após o qual a rainha retornou ao seu país.

Aparentemente, a rainha de Sabá seria muito rica, já que ela teria trazido 4 toneladas e meia consigo para presentear ao rei Salomão (I Reis, 10:10). Nas passagens bíblicas que se referem explicitamente à rainha de Sabá não há sinal de amor ou atração sexual entre ela e o rei Salomão.

Os dois são descritos apenas como dois monarcas envolvidos em assuntos de estado. A tradição etíope posterior afirma com segurança que o rei Salomão realmente seduziu e engravidou sua convidada, e possui um relato detalhado de como ele o fez, um assunto de importância considerável para o povo etíope, já que a linhagem de seus imperadores remontaria àquela união.

Quem era a Rainha de Sabá?

A tradição, ou muitas tradições, tentam responder essa questão. Conhecida entre os povos etíopes como "Makeda", esta rainha recebeu diferentes nomes ao longo dos tempos. Para o rei Salomão de Israel ela era a "rainha de Sabá".

Sobretudo a tradição islâmica afirma categoricamente que ela era Balkis ou Bilkis. Flávio Josefo, historiador romano de origem judaica, a chamou de "Nicauli". Acredita-se que tenha vivido no século X a.C.

Até um monumento maciço de terra dos iorubás na Nigéria, conhecido como Eredô de Sumbô, é considerado pela tradição oral iorubá construído em homenagem ao poderoso aristocrata Oloye Bilikisu Sungbo, que costuma ser a rainha Bilqis.

O Alcorão, texto religioso central do Islão, nunca menciona a rainha de Sabá pelo seu nome, embora, como visto acima, fontes árabes a chamem de Balqis ou Bilqis. O relato corânico é similar àquele da Bíblia; a narrativa conta como Salomão recebeu relatos de um reino governado por uma rainha cujo povo venerava o Sol.

Ela teria preparado enigmas para testar a sabedoria e o conhecimento de Salomão. Então, um dos ministros de Salomão. Diante do feito, a rainha chegou à sua corte, mostrou-lhe o seu trono, entrou no seu palácio de cristal e começou a fazer as perguntas. Impressionada pela sua sabedoria, ela louvou a sua divindade e, posteriormente, aceitou o monoteísmo abraâmico.