Visto que o padrão original de Deus para a humanidade era que o marido e a esposa se tornassem uma só carne, não se intencionava a poligamia, e esta é proibida na congregação cristã. Os superintendentes e os servos ministeriais, que devem dar o exemplo para a congregação, devem ser homens que não têm mais de uma esposa viva. (1Ti 3:2, 12; Tit 1:5, 6) Isto se harmoniza com aquilo que o verdadeiro casamento é usado para representar, a saber, o relacionamento de Jesus Cristo e sua congregação, a única esposa que Jesus possui. — Ef 5:21-33. Como no caso do divórcio, a poligamia, embora não fosse o arranjo original de Deus, foi tolerada até o tempo da congregação cristã. A poligamia começou não muito depois do desvio de Adão. A primeira menção dela na Bíblia refere-se a um descendente de Caim, Lameque, a respeito de quem ela diz: “[Ele] passou a tomar para si duas esposas.” (Gên 4:19) Quanto a alguns anjos, a Bíblia menciona que, antes do Dilúvio, “os filhos do verdadeiro Deus . . . foram tomar para si esposas, a saber, todas as que escolheram”. — Gên 6:2. O concubinato era praticado sob a lei patriarcal e sob o pacto da Lei. A concubina tinha uma situação legal; a posição dela não era uma questão de fornicação ou de adultério. Sob a Lei, se o filho primogênito dum homem fosse filho da sua concubina, era este filho quem receberia a herança de primogênito. — De 21:15-17. O concubinato e a poligamia, sem dúvida, habilitaram os israelitas a aumentar numericamente com muito mais rapidez, e, assim, ao passo que Deus não estabeleceu esses arranjos, mas apenas os permitiu e regulou, eles cumpriram certo objetivo naquele tempo. (Êx 1:7) Até mesmo Jacó, que foi logrado a entrar em poligamia por seu sogro, foi abençoado em ter 12 filhos e algumas filhas de suas duas esposas e as criadas delas, as quais se tornaram concubinas de Jacó. — Gên 29:23-29; 46:7-25.