É uma doença do sistema nervoso, em parte ou no todo, produzida por qualquer dano mecânico da região espinhal, ou por mal do cérebro. Nalguns casos a paralisia depende de causas transitórias, suscetíveis de remédio. Mais freqüentemente, porém, se manifesta uma perda de função, de maneira que a pessoa que se diz estar paralítica, fica permanentemente inválida pelo fato de, em geral, não poder mover-se de qualquer maneira. Estava, evidentemente, neste caso aquele que foi levado por quatro homens à casa, onde estava Cristo en Cafarnaum (Mt 9 - Mc 2 - Lc 5) - porquanto o termo especial que Lucas emprega é a própria palavra grega para a declarada paralisia por doença. Mas não é necessário supor que a doença desse homem era a direta conseqüência dalgum especial pecado, como também no caso do homem inválido que estava junto ao poço de Betesda. o caráter miraculoso da cura se mostra pela rapidez com que foi realizada, de forma que o enfermo não só ficou livre da sua enfermidade, mas foram-lhe restauradas as forças, podendo já transportar o leito em que estava deitado. o caso do criado do centurião era o de uma paralisia progressiva, acompanhada de espasmos musculares (Mt 8.6 - Lc 7.2), com grandes dores e iminente perigo de vida. Pensam alguns críticos que o doente de Betesda (Jo 5.2 a 9), e a mulher mencionada por Lucas (13.11 a 17), eram casos de paralisia, mas esta maneira de ver não tem grande apoio.