Com o Muro de Adriano, o objetivo era fortificar a Aelia Capitolina. Esse muro deixou de fora Ofel e parte sul do Monte Sião. Élia Capitolina ou Colônia Élia Capitolina era uma cidade construída pelo Imperador Adriano no ano 131 d.C. e ocupada por uma colônia romana, no sítio das ruínas de Jerusalém. Jerusalém ainda estava em ruínas desde a primeira guerra judaico-romana em 70 d.C. Flávio Josefo, historiador contemporâneo da época, relata que Jerusalém ... foi tão completamente arrasada por aqueles que demoliram as suas fundações, que nada foi deixado que jamais poderia convencer os visitantes de que tinha sido uma vez um lugar de habitação. Quando o imperador romano Adriano prometeu reconstruir Jerusalém a partir dos destroços da antiga em 130, ele considerou a reconstrução de Jerusalém como um presente para o povo judeu. Os judeus então aguardavam com esperança esta reconstrução da cidade, mas depois que Adriano visitou a nova cidade de Jerusalém, decidiu reconstruir a cidade como uma colônia romana que seria habitada por seus legionários. Os novos planos de Adriano incluíam também a construção de templos às principais deidades regionais e de certos deuses romanos e, em particular, o Júpiter Capitolino. Em vista disso, alguns judeus secretamente começaram a planejar uma insurreição contra o imperador. Logo, uma revolta eclodiu sob Simeão Bar Kokhba. Esta revolta por Bar Kokhba, que os romanos conseguiram suprimir logo depois, acabou fazendo com que Adriano se revoltasse contra os judeus; por isso, ele passou a tentar enfraquecer o Judaísmo na província da Palestina. A circuncisão foi proibida, a província da Judeia foi rebatizada como Síria Palestina e judeus (formalmente todos os homens circuncidados) foram impedidos de entrar a cidade, sob pena de morte, exceto no dia da páscoa.