A Segunda maior descoberta da história da egiptologia corrobora ainda mais a veracidade histórica da narrativa do livro do Êxodo. A História referente ao Antigo Egipto, está intimamente relacionada com a história bíblica. Os jornais do mundo todo que noticiaram o achado não atentaram para o facto, mas as evidências históricas apontam Hatshepsut, a mais poderosa rainha egípcia da História, como sendo a madrasta de Moisés. O corpo mumificado de Hatshepsut foi encontrado em 1903, numa sepultura comum no Vale dos Reis, no Egipto. Os egiptólogos, coordenados pelo secretário geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egipto, Zahi Hawass, concluíram por um dente e pistas de DNA que o corpo mumificado de uma mulher falecida com cerca de 50 anos é realmente da antiga rainha. Hatshepsut foi uma das rainhas mais famosas do Egipto do tempo dos faraós e centralizou mais poderes que Cleópatra e Nefertiti. Foi ela que governou o país por mais tempo, compreendendo o período de 1502 a 1482 a.C. Uma vez que as evidências históricas apontam para ela como sendo a princesa que adoptou Moisés como seu filho, conforme registado no livro de Êxodo, a confirmação desta descoberta é mais um facto que corrobora a veracidade da narrativa bíblica. Eugene H. Merrill, historiador e professor do Antigo Testamento no Seminário Teológico de Dallas, afirma a narrativa bíblica do êxodo está ligada à história dessa sequência de faraós do Antigo Egipto. “Tutmose II (1512-1504aC) casou-se com Hatshepsut, sua meia-irmã mais velha. Ele morreu jovem sob circunstâncias bastante misteriosas. Sentindo que se aproximava a morte, ordenou a nomeação de Tutmose III (1504-1450aC) como seu co-regente e herdeiro. Esse governante que, sem dúvida, foi o mais ilustre e poderoso dentre os que viveram no Novo Reino, distinguiu-se de várias maneiras. Os seus primeiros anos foram muito promissores. Tutmose III era filho de uma concubina e tinha-se casado com a sua meia-irmã, filha de Hatshepsut e Tutmose II. Ele obteve notáveis vitórias nas terras em seu redor, que incluíam nada menos que 16 campanhas à Palestina. Porém os primeiros 20 anos do seu reino foram dominados pela sua poderosa madrasta, Hatshepsut. Embora proibida, pela cultura, de ser faraó, ela de facto agia como tal e, em todos os critérios, pode ser considerada a pessoa de maior fascínio e influência da história egípcia” frisa o historiador norte-americano. “O quadro geral de Hatshepsut leve-nos a identificá-la como a ousada filha do faraó que resgatou Moisés. Somente ela, dentre todas as demais mulheres da sua época, seria capaz de ir contra uma ordem do faraó, bem diante dele. Embora a data do seu nascimento seja desconhecida, sabe-se que Hatshepsut era bem mais velha do que o seu marido, Tutmose II, que morreu bem próximo dos seus 30 anos, em 1504aC. Ele devia estar na sua adolescência em 1526aC, data do nascimento de Moisés, que ocorreu sob o governo do pai de Hatshepsut, Tutmose I. Portanto, ela estava em condições da agir em favor de Moisés”.