O Imposto do Templo
É bom que se saiba especificamente que esse tipo de tratamento deu-se, mais especificamente com a construção do Templo de Herodes. A construção deste já despertou difersos desafetos entre Judeus ainda no século I a.C..
Herodes o Grande promove uma remodelação ao templo, que veio ser tida por muitos judeus como uma profanação. Mas Herodes queria agradar a Júlio César, mandando construir num dos vértices da muralha a Torre Antónia, uma (espécime) de passagem que dava acesso direto ao interior do pátio do templo.
Os serviços do santuário eram mantidos por meio de impostos. O dízimo obrigatório era a principal fonte para a manutenção dos sacerdotes arônicos e dos levitas, e, pelo menos numa ocasião, eles receberam uma parte dos despojos de guerra, segundo uma taxa estipulada por Jeová. (Núm 18:26-29; 31:26-47).
Deus também instruiu a Moisés que, depois dum recenseamento, cada pessoa registrada pagasse meio siclo (US$ 1,10) como “contribuição pertencente a Deus”, contribuição esta em benefício da tenda de reunião. (Êx 30:12-16) Parece que se tornara costumeiro os judeus darem uma soma fixa a cada ano, embora não se fizesse anualmente um censo.
Jeoás, por exemplo, invocou o “imposto sagrado ordenado por Moisés”. (2Cr 24:6, 9) Os judeus da época de Neemias obrigaram-se a pagar anualmente um terço dum siclo (c. 75 centavos de dólar) para o serviço do templo. — Ne 10:32.
Na época do ministério terrestre de Jesus, os judeus pagavam duas dracmas para o templo. Quando se perguntou a Pedro se Jesus obedecia tal tributação, ele respondeu na afirmativa.
Mais tarde, ao tratar do assunto, Jesus indicou que os reis não cobram impostos de seus filhos, os filhos sendo parte da casa real, em favor da qual se coletam impostos.
No entanto, embora fosse o Filho unigênito Daquele que era adorado no templo, Jesus, para evitar dar motivos para outros tropeçarem, cuidou de que o imposto fosse pago. — Mt 17:24-27.