Os hodiernos lexicógrafos acreditam que o termo hebraico nets se aplica aos falcões, embora alguns achem que abrange também os gaviões, que são muito similares aos falcões, embora classificados pelos ornitólogos como “família” separada. Como predador, comedor de cobras, lagartos, pequenos mamíferos e outras aves, “o falcão segundo a sua espécie” (“as diferentes espécies de gavião”, BJ) estava entre as aves decretadas ‘impuras’ na Lei mosaica. — Le 11:16; De 14:15. O falcão ocupava uma posição muito destacada na religião do Egito. Tornou-se símbolo de Hórus, o deus com cabeça de falcão, do Egito, o qual, junto com Ísis e Osíris, constituíam a principal trindade ou “sagrada família” entre os deuses e as deusas do Egito. Sempre se usava o símbolo do falcão na escrita do título dos faraós, e, em alguns casos, estes governantes eram considerados encarnações de Hórus. Dentre as centenas de aves mumificadas encontradas no Egito, o falcão, especialmente o peneireiro, é uma das mais numerosas. Heródoto disse que aquele que matasse um falcão no Egito, mesmo que acidentalmente, era morto.