O escriba ou escrivão era aquele que na antiguidade dominava a escrita e a usava para, a mando do regente, redigir as normas do povo daquela região ou de uma determinada religião. Também podia exercer as funções de contador, secretário, copista e arquivista.Na Antiguidade, os escribas eram os profissionais que tinham a função de escrever textos,registrar dados numéricos, redigir leis, copiar e arquivar informações. Como poucas pessoas dominavam a arte da escrita, possuíam grande destaque social. Nos livros sagrados para os cristãos e judeus, o termo escriba refere-se aos chamados doutores e mestres (cf. Mateus 22,35; Lucas 5,17), ou seja, homens especializados no estudo e na explicação da lei ou Torá. Embora o termo apareça pela primeira vez no livro de Esdras, eles eram bem sucedidos ao que faziam e sabe-se que tinham grande influência e eram muito considerados pelo povo, tendo existido escribas partidários de diferentes seitas, tais como os fariseus (a maioria), saduceus e essênios. Iniciam sua atuação ainda nos tempos do Antigo testamento, em que a figura do profeta perde o seu valor. Já no Novo testamento, é possível verificar que a maioria dos escribas se opõe aos ensinamentos de Jesus (cf. Marcos 14,1; Lucas 22,1), que os critica duramente por causa do seu proceder legalista e hipócrita (cf. Mateus 23,1-36; Lucas 11,45-52; 10,46-47), comparando-o ao dos fariseus, a corrente de escribas que representava a maioria. Após o desaparecimento do templo de Jerusalém no ano 70, seguido do desaparecimento da figura do sacerdócio judaico, sua influência passaria a ser ainda maior. Alguns escribas ficariam famosos, tais como Hillel e Sammai (pouco antes de Cristo), tendo sido ambos líderes de tendências opostas na interpretação da lei, liberal o primeiro e rigoroso o segundo. Gamaliel, discípulo de Hillel, foi mestre de Paulo (cf. Atos 22,3), tendo existido também outros escribas simpatizantes com os cristãos. (cf. Atos 5,34).