Jarro ou vaso grande para guardar líquidos. Gn 24.15
=====CÂNTARO (Aparece também como VASO) No hebraico, kad, usada catorze vezes com esse sentido (Gn 25.14-28,43,45,46; Jz 7.16,19,20; Ec 12.6). No NT, do grego kerámion: Marcos 14.3 e Lucas 22.10. A palavra hebraica deriva-se de uma raiz que significa “aprofundar’', relacionada ao costume de puxar água de poços, por meio de cântaros, um costume prevalente até hoje nos países do Oriente. O cântaro geralmente tinha duas asas, uma de cada lado. Odres feitos com peles de animais eram usados com idêntico propósito. Ver Gênesis 24.14-16 quanto à narrativa sobre Rebeca, e como ela foi escolhida para ser a esposa de Isaque. A narrativa envolve o uso de cântaros. A força de ataque, escolhida por Gideão, escondeu tochas dentro de cântaros, até o momento exato do ataque (Jz 7.16-20). Puxar água de um poço era um trabalho árduo, como também era penoso transportar água dos poços até às residências. Geralmente os cântaros eram levados aos ombros ou na cabeça. Em Lamentações 4.2 é empregada uma outra palavra hebraica, nebel, mas que a nossa versão portuguesa prefere traduzir por “objetos de barro”, em vez de dar a tradução mais certa, “jarra". Nos trechos de Marcos 14.13 e Lucas 22.10 é usado o termo grego kerámion, de onde provém nossa moderna palavra portuguesa “cerâmica”. Portanto temos nessas duas passagens uma alusão a cântaros de barro.
Usos figurados. O trecho de Eclesiastes 12.6 usa a figura de um cântaro partido para indicar a cessação da vida física. Ali também encontramos o rompimento do fio de prata, que indica a mesma coisa. Ver o artigo sobre o Fio de Prata. Em Lamentações 4.2, vasos de barro são contrastados com vasos de ouro: o ouro indica o real valor dos filhos de Sião, em contraste com a avaliação dos homens acerca deles, que fazia dos israelitas apenas vasos de barro. Os vasos de barro aludem à fragilidade do homem, sempre sujeito a danos e à morte. O nono capítulo da epístola aos Romanos tem a imagem do oleiro e seus vasos, ilustrando a soberania de Deus.