===== CAMAREIRO No hebraico temos uma palavra, e no grego, duas, a saber: 1. Saris, “camareiro” ou “eunuco”. Palavra hebraica usada por 42 vezes (por exemplo: 2Rs 23.11; Et 1.10,12,15; 2.3,14,15,21; 7.9). 2. Oikonómos, “mordomo", palavra grega que aparece por dez vezes (ver Lc 12.42; 16.1,38; Rm 16.23; ICo 4.1,2; G14.2; Tt 1.7; IPe 4.10). 3. Epi toü koitõnos, “encarregado da cama". F.xpressào grega que aparece somente em Atos 12.20, e que nossa tradução portuguesa verte por “camarista". O termo hebraico por detrás dessa palavra é saris, "eunuco", pelo que, algumas vezes, é traduzido como tal. O termo grego é o oikonómos, “mordomo". É com base nesses dois vocábulos que encontramos os usos bíblicos. Pode indicar um eunuco empregado nos haréns dos déspotas do Oriente Próximo e Médio. Com frequência, os camareiros vinham a ocupar posições importantes, como conselheiros de reis ou oficiais (Et 1.10; Gn 39.1). Salomão parece ter-se utilizado desse tipo de oficial (lRs 4.6; 16.9; 18.3). O dever do camareiro ou eunuco consistia em muito mais do que cuidar do harém do rei. Parece ter sido uma espécie de supervisor geral do palácio e da etiqueta real. Em alguns casos, era usado como se fosse um secretário, para selecionar aqueles a quem o rei deveria conceder entrevista, com qualquer propósito. Nos tempos do Novo Testamento, o oikonómos podia ser alguém que nada tinha a ver com as funções que anteriormente cabiam aos eunucos do palácio. É provável que nem todos os sarisim fossem castrados ou eunucos. Em Romanos 16.23, há menção a Erasto, o qual, em algumas traduções (como a nossa versão portuguesa) aparece como camareiro, mas que, na realidade, era o tesoureiro da cidade de Corinto, sendo esta a tradução preferida para o termo grego, nesse caso. No entanto, a palavra grega envolvida é mais geral, podendo indicar um gerente de qualquer classe. O ofício de Erasto aparentemente consistia no que os latinos chamavam de arcarius, ou seja, magistrados inferiores, encarregados do erário público, sujeitos à supervisão do senado. Blasto (vide), camarista de Herodes (At 12.20; no grego koitón), era uma espécie de valido ou confidente do rei. Ele exercia considerável influência sobre Herodes, conforme esse trecho nos permite entrever. (1 ID UN Z)

CAMAREIRO-MOR Palavra encontrada em Jeremias 51.59. Essa tradução é uma emenda feita pela RSV, seguida por nossa versão portuguesa. Mas uma expressão similar é aplicada a Davi, em lCrôni- cas 28.2, no texto hebraico (embora não figure na nossa versão portuguesa), cujo sentido mais aproximado é “príncipe tranqüilo”. Trata-se de um título nobiliárquico, embora tenha sido usado em várias relações semânticas com significados diferentes.