O que significa Amom na Bíblia?
Amom na Bíblia quer dizer "trabalhador". Amom no contexto bíblico é um nome, um lugar e um deus. Seu nome também pode está associado ao termo hebraico Amown’ אמון, palavra por vezes traduzida como “trabalhador hábil” ou “trabalhador capacitado”.
Existem outras variações da palavra, tais como Αμων em grego refletindo o mesmo significado, além de também amown’ אמון, trazendo a idéia de um trabalhador especifico, tal como um "artífice, arquiteto, trabalhador capacitado"
Quem foi Amom na Bíblia?
1) Amom foi o filho de Ló com sua filha mais moça; e obviamente, o progenitor dos amonitas. (Gn 19:38) Como no caso da filha mais velha, assim também a filha mais jovem de Ló teve relações sexuais com seu pai enquanto habitavam numa caverna duma região montanhosa.
É provável que Ló não as tivesse possuído em sã consciência, uma vez que as filhas de Ló lhe terem dado muito vinho a beber. (Gn 19:30-36) O nome dado a Amom (Ám·mon) por sua mãe foi Ben-Ami, que significa “Filho do Meu Povo [isto é: parentes]” e não de estrangeiros, como os sodomitas.
O nome, assim, estava evidentemente ligado à preocupação expressa pela filha mais velha, de que às duas filhas não encontrassem ninguém dentre seu próprio povo, ou sua linhagem familiar, para se casar, na terra em que habitavam.
2) Amom foi um rei de Judá que viveu no entre os anos (661-660 a.C). Amom foi o filho do iníquo Rei Manassés. Ele começou a governar à idade de 22 anos e seguiu o proceder idólatra dos primeiros anos do seu pai.
Logo após dois anos no trono, ele foi assassinado por seus próprios servos. “O povo da terra” matou os conspiradores, colocou seu filho, Josias, no trono, e enterrou Amom no “jardim de Uza”. (2Re 21:19-26; 2Cr 33:20-25)
3) Amom foi um governador de Samaria. Quando Acabe, rei de Israel, governava (940-920 a.C), o profeta Micaías foi entregue à sua custódia enquanto Acabe guerreava contra Ramote-Gileade. 1Re 22:10, 26; 2Cr 18:25.
4). Chefe de família de certos exilados que retornaram, incluídos entre “os filhos dos servos de Salomão”. (Ne 7:57-59) Ele é chamado de “Ami” em Esdras 2:57.
Amom, lugar
Lugar dos amonitas, a leste do Mar Morto. Estas terras não pertenciam aos israelitas no tempo da conquista. Os amonitas foram incorporados no império assírio, babilônico e persa. Posteriormente, nos períodos de independência, constituíram ameaça para Israel até o tempo dos Macabeus, quando sua capital se chamava Filafélfia.
Deus habilitou os amonitas a tomarem posse do território previamente ocupado pelos refains, um povo de estatura alta, chamado de zanzumins pelos amonitas. (De 2:17-21)
Esta terra se situava ao Leste do extremo sul do rio Jordão, e, em certa época, o território dos amonitas era adjacente ao dos moabitas, na região de planalto, na banda oriental do Mar Morto.
Algum tempo antes da entrada de Israel em Canaã, contudo, os amorreus tinham desapossado os amonitas de parte de sua terra e os tinham impelido para o Norte e o Leste, destarte abrindo uma cunha entre eles e os moabitas (que também sofreram a perda de considerável território). (Núm 21:26; Jos 12:2; Jz 11:13, 22)
Depois disso, a terra dos filhos de Amom geralmente se estendia da região superior do curvo vale da torrente do Jaboque, em direção leste, para o deserto (Núm 21:24; Jos 12:2), estando sua capital situada em Rabá (a moderna Amã), próxima às cabeceiras do Jaboque. (De 3:11) Os arqueólogos descobriram antigos sítios e fortalezas fronteiriças amonitas nesta região.
Deus ordenou que os israelitas tiveram o cuidado de não invadir os limites de terras dos amonitas, ao conquistarem os vizinhos amorreus. (De 2:37; Js 13:8-10) Assim, ao passo que Josué 13:25 declara que a tribo de Gade recebeu “metade da terra dos filhos de Amom”, como parte de sua herança tribal, a referência, evidentemente, é àquela parte da terra anteriormente tomada dos amonitas pelos amorreus, território aparentemente situado entre o rio Jordão e o Jaboque superior.
Amom, deus
Amom foi um deus egípcio, originalmente o deus local de Tebas, mais tarde um líder do panteão egípcio. Ele também é chamado Nô-Amom, que, dentro da cultura mítica egípcia, ascendeu à posição de “rei dos deuses” sob o nome de Amom-Rá.
O sumo sacerdote deste deus se tornou o chefe de todos os sacerdócios egípcios. Amom é geralmente representado como um homem que usa uma coroa encimada por duas compridas plumas paralelas.
Como muitas das outras deidades egípcias, é frequentemente exibido segurando a cruz ansada, o “signo da vida”. Amom, sua esposa Mut, e Consu (seu filho adotivo) compunham a tríade tebana.