Novo tumulto e castigo por praga Nm 16: 41-50

Novo tumulto e castigo por praga após o castigo sofrido por Coré, Data, Abirão e os 250 líderes de Israel. É difícil conceber uma ilustração mais marcante da depravação do coração humano do que a que é proporcionada por essa irrupção do mesmo espírito de rebelião que havia sido tão notoriamente punido no dia anterior. A única forma de admitir isso, é que os israelitas sabiam ter sido rejeitados a entrar na terra prometida; motivo com o qual querem arrastar a todos, incluindo Moisés e Arão à sua sentença.

Eles transferem a culpa exclusivamente deles pela morte dos rebeldes a Moisés e Arão, a disputa pela liderança parece continuar. Mesmo as dissidências mais fracassadas deixam seus filhos, e eles estão aqui, novamente de frente com Moisés. Eles clamam não apenas pelos líderes Coré, Datã e Abirão, mas também aos duzentos e cinquenta. Difícil imaginar que pessoas tão pervertidas, pudessem atrair tamanha popularidade.

Catorze mil morrem pela praga no deserto

No entanto, não podemos deixar de pontuar que o povo também era uma parte tão vital desta rebelião; portanto, Deus prontamente os julgou também, mais de 14.000 deles morrendo de uma vez através de uma praga devastadora que Deus enviou entre eles. E eis que a nuvem o cobriu – Foi assim que ocorreu, visto que provavelmente havia sido removida no dia anterior, quando os rebeldes foram consumidos, e agora foi novamente restaurada de modo a encorajar Moisés e Arão.

A escolha dessa penalidade também permitiu ao povo ver que foi apenas por meio das orações e intercessão, e da expiação oferecida por Moisés e Aarão, que evitou que toda a multidão murmurante sofresse a mesma pena de morte. A praga começou imediatamente após o início dos murmúrios. Como o de costume, Arão pegou o incensário; a referência parece ser ao incensário de ouro do sumo sacerdote. Vale lembrar que o incenso era um emblema da oração e uma figura da intercessão e mediação e foi o que Arão fez.

Com o incensário nas mãos, Arão correu para o meio da congregação, como gesto não usual, mostrando ser uma ocasião toda foi extraordinária. Em ocasiões comuns, o incenso só podia ser oferecido no altar de ouro no lugar sagrado onde os sacerdotes ministravam. Mas Arão se colocou entre os mortos e os vivos, pontuando a seleta diferença entre vivos e mortos; mas também com o fim de estancar a mortandade dos demais; Israel, pode, mais uma vez, a exemplo de muitas outras, ver de uma vez por todas que Moisés e Arão falam pelo Senhor e ninguém mais.

Mas, no dia seguinte, toda a comunidade dos israelitas murmurou contra Moisés e Arão, dizendo: Vós matastes o povo do SENHOR.
E assim que a comunidade se juntou contra Moisés e Arão, eles se voltaram para a tenda da revelação; então a nuvem a cobriu, e a glória do SENHOR apareceu.
Então Moisés e Arão foram para a frente da tenda da revelação.
E o SENHOR disse a Moisés:
Saí do meio desta comunidade, para que eu a destrua num instante. Então eles se prostraram com o rosto em terra.
E Moisés disse a Arão: Pega o teu incensário, acende-o com fogo do altar, coloca incenso nele e leva-o depressa à comunidade; e faz expiação por eles, pois uma grande indignação saiu do SENHOR. A praga já começou!
Arão pegou o incensário, como Moisés lhe havia falado, e correu para o meio da comunidade; a praga já havia começado entre o povo; então, colocando incenso no incensário, fez expiação pelo povo.
Ele ficou de pé entre os mortos e os vivos, e a praga cessou.
Os que morreram pela praga foram catorze mil e setecentos, sem contar os que haviam morrido por causa de Coré.
Depois disso, Arão voltou a Moisés, na entrada da tenda da revelação, pois a praga havia cessado.