O termo hebraico kut·tó·neth, um tipo de veste comprida, parece corresponder ao termo grego khi·tón. Ambos os termos são mais amplamente usados para se referir a uma túnica ou uma veste tipo camisão, de mangas compridas ou curtas, chegando até os joelhos ou os tornozelos. Era a roupa usada em casa ou em ambiente familiar externo. Em alguns modelos de kut·tó·neth, ou khi·tón, o pano talvez fosse deitado sobre um ombro, deixando o outro exposto, e era branco ou de diversas cores. O modelo mais comprido talvez tivesse fendas laterais de uns 30 cm, para facilitar o andar. Alguns eram de linho, mas na maioria das vezes provavelmente eram de lã, em especial entre os pobres. Esta veste também era usada tanto por homens como por mulheres, sendo provavelmente mais longa a veste comprida da mulher. Kut·tó·neth é a palavra usada para a veste comprida do sumo sacerdote e dos subsacerdotes. (Êx 28:39, 40) Esta palavra também é aplicada ao comprido camisão listrado de José (Gên 37:3) e à comprida veste listrada de Tamar, que ela rasgou de pesar e de humilhação. (2Sa 13:18) A roupa interior de Jesus (khi·tón), sobre a qual os soldados lançaram sortes, era de uma peça inteiriça, sem costura. (Jo 19:23, 24) A kut·tó·neth, ou khi·tón, podia ser usada com faixa na cintura, como no caso dos sacerdotes, ou sem esta; na maioria dos casos, é possível que se usasse uma faixa. Provavelmente se usavam diversos estilos desta vestimenta, dependendo da atividade de quem a usava. Quem se empenhava em trabalho ou atividade física razoavelmente usava uma versão mais curta desta veste, para ter mais liberdade de movimento. A ilustração de Judas, no versículo 23 de Judas, é apropriada, pois a khi·tón estaria em contato com a carne.