Existe pouca evidência de que o sabão tenha sido usado para higiene pessoal antes da Era Comum. É verdade que a versão bíblica Almeida, revista e corrigida, menciona em Jeremias 2:⁠22: “Que te laves com salitre e amontoes sabão.” Mesmo assim, há motivos para duvidar de que isso se refira ao que conhecemos como sabão — quer seja em barra, pó, quer outro tipo. Uma tradução moderna das palavras do profeta diz: ‘Tomes para ti grandes quantidades de barrela’, um purificador alcalino que é muito diferente do sabão usado atualmente. Os gregos, e mais tarde os romanos, normalmente usavam óleos perfumados para limpar o corpo. Pode ser que eles tenham aprendido com os celtas a arte de fazer sabão. Dizem que a palavra “sabão” deriva-se da palavra gaulesa saipo, que foi usada por Plínio, o Velho, escritor romano do primeiro século, em sua obra Natural History (História Natural). Houve pouca referência ao sabão nos séculos que se seguiram, embora a Itália, a Espanha e a França tenham se tornado centros de fabricação de sabão durante a Idade Média. No entanto, apesar dos esforços para produzir sabão em grande quantidade, parece que ele era muito pouco usado na Europa. De fato, já era o ano de 1672 quando um alemão bem-intencionado enviou de presente a uma aristocrata um pacote de sabão italiano, e achou apropriado incluir uma explicação detalhada de como usar o misterioso produto.