Hebraico: Sonido da Trombeta O ano que seguia todo ciclo de sete períodos de 7 anos, a contar da entrada de Israel na Terra da Promessa. A palavra hebraica yoh·vél (ou: yo·vél) significa “chifre de carneiro”, e isto se refere ao toque dum chifre (ou buzina) de carneiro durante aquele 50.° ano, para proclamar liberdade em todo o país. — Le 25:9, 10. O jubileu, em certo sentido, era um ano inteiro de festividades, um ano de liberdade. Guardá-lo demonstraria a fé que Israel tinha no seu Deus, Jeová, e seria um tempo de agradecimento e de felicidade com as Suas provisões. Era no décimo dia do sétimo mês (no mês de tisri), no Dia da Expiação, que se tocava a buzina (shoh·fár, ou sho·fár, um chifre curvo de animal), proclamando liberdade em todo o país. Isto significava liberdade para os escravos hebreus, muitos dos quais se haviam vendido por causa de dívidas. Esse livramento normalmente só ocorreria no sétimo ano de servidão (Êx 21:2), mas o jubileu dava liberdade até mesmo àqueles que ainda não haviam servido por seis anos. Todas as propriedades hereditárias de terras que haviam sido vendidas (usualmente por motivo de reveses financeiros) eram devolvidas, e todo homem retornava à sua família e à sua propriedade ancestral. Nenhuma família devia cair na profundeza duma pobreza perpétua. Toda família devia usufruir honra e respeito. Nem mesmo aquele que tivesse desperdiçado seus bens podia perder para sempre a herança para a sua posteridade. Afinal, a terra pertencia realmente a Jeová, e os próprios israelitas, do ponto de vista de Jeová, eram residentes forasteiros e colonos. (Le 25:23, 24) Se a nação guardasse as leis de Deus, então, como ele disse: “Ninguém deve ficar pobre no teu meio.” — Le 25:8-10, 13; De 15:4, 5. Por motivo da lei do jubileu, nenhuma terra podia ser vendida perpetuamente. Deus providenciou que, se um homem vendesse alguma terra da sua propriedade hereditária, o preço da venda devia ser calculado segundo o número de anos que restavam até o jubileu. O mesmo cálculo valia quando a terra hereditária era comprada de volta pelo seu dono. Na realidade, a venda de terras, portanto, era apenas a venda do uso da terra e dos seus produtos pelo número de anos que faltavam até o ano do jubileu. (Le 25:15, 16, 23-28) Isto se aplicava a casas em povoações não muradas, que eram consideradas como campo aberto; mas as casas em cidades muradas não estavam incluídas na propriedade devolvida no jubileu. Uma exceção a isso eram as casas dos levitas, cuja única posse eram as casas e os pastios em torno das cidades levitas. A estes se devolviam as casas no jubileu; os pastios das cidades levitas não podiam ser vendidos. — Le 25:29-34.