A manutenção da vida na Terra é determinada essencialmente pela presença e pelo movimento da água. A hidrografia e a hidrologia estudam a distribuição, circulação e composição dessa substância na superfície terrestre. Hidrografia é a ciência que estuda as massas de água da superfície da Terra, sejam fluviais, lacustres, marinhas, oceânicas ou glaciais. Além disso, encarrega-se do estudo das propriedades físicas (transparência, temperatura, cor) e químicas (salinidade, substâncias dissolvidas) das águas. A hidrografia apresenta numerosos pontos em comum com a hidrologia, ciência que estuda as águas continentais. A confecção de mapas de bacias oceânicas e de águas continentais e litorâneas pertence ao domínio da hidrografia. Nas cartas de navegação, o relevo subaquático é representado por pontos cotados em relação ao nível médio da superfície líquida e por linhas indicadoras de profundidades iguais (isóbatas). A informação contida nesses mapas inclui a sinalização de bancos de areia, recifes, faróis, correntes etc. A projeção de Mercator, sempre utilizada nas cartas de navegação, facilita o traçado de rumos náuticos. A hidrologia encarrega-se do estudo qualitativo das águas continentais e de sua dinâmica: rios, torrentes, lagos e geleiras. Segundo seu objeto de estudo, essa ciência subdivide-se em potamologia, referente aos rios; limnologia, aos lagos; e glaciologia, às geleiras. O conceito de ciclo hidrológico, fundamental para a hidrologia, refere-se ao processo seguido pela água desde que se evapora dos oceanos, sua fonte principal, pela ação solar, até retornar a eles pela circulação superficial e subterrânea, depois de ter sido distribuída em forma de precipitações pela superfície terrestre. A moderna hidrologia aplica a matemática, a física e a química e utiliza informações proporcionadas pela meteorologia, a geologia, a edafologia (estudo dos solos) e a fisiologia vegetal e a hidráulica.