Amuleto ou encanto. Certosversos da Lei eram escritos em caracteres hebraicos muito pequenos sobre quatro peças de pergaminho, sendo estas colocadas num estojo de couro com quatro divisões. os pequenos pergaminhos eram dobrados e muito apertadamente postos nas cavidades ligados com cabelos de animais limpos. o estojo era, então, posto sobre três pedaços de couro para formar a base que assenta sobre a testa, sendo essas peças unidas com doze pontos, para representarem as doze tribos, três de cada lado. Eram usados, em lugar de fio, finos nervos, tirados do pé de um animal limpo. Tiras de couro se ligavam ao frontal, com o fim de prenderem o filactério à testa. Nos filactérios do braço, a caixa não está dividida em seções, mas dentro há um pedaço de pergaminho, contendo os designados versos da Escritura, escritos em quatro colunas. Ela está ligada ao braço esquerdo perto do coração. Usam esses filactérios as pessoas piedosas do sexo masculino, da idade de treze anos para cima, em um dos dias da semana, em todo o ano, por ocasião da oração da manhã - e era costume trazê-los, segundo parece, durante todo o dia. Não se usavam nos dias de sábado ou em qualquer dia santificado, porque estes já eram assinalados em si mesmos. Jesus Cristo condenou o uso ostentoso dos filactérios entre os fariseus (Mt 23.5). o uso de tais distintivos vem desde o terceiro ou quarto século antes de Cristo. Além dos filactérios usados pelas pessoas, há ainda outro chamado ‘mezuza’ (ombreira da porta), que se fixava na peça de pedra, à direita, de cada ombreira de uma casa judaica. o judeu religioso toca esse sítio todas as vezes que por ali passa - e beijando os seus dois dedos, repete em hebreu: ‘o Senhor guardará a tua entrada e a tua saída, desde agora e para sempre’ (Sl 121.8). os versículos que invariavelmente se colocam nos filactérios são Êx 13.1 a 16 - Dt 6.4 a 9, 13 a 21. A figura desenhada no exterior da caixa é a letra hebraica Shin, a primeira letra de Shadai (Todo-poderoso). A explicação deste costume vamos certamente encontrá-la em Dt (6.6 a 8) - Moisés diz ao povo que deve mostrar reverência e obediência aos mandamentos do Senhor, acrescentando: ‘Também as atarás como sinal na tua mão e te serão por frontal entre os teus olhos.’ isto, na verdade, era para se compreender espiritualmente. Lídia, sede de uma das sete igrejas da Ásia, às quais foram dirigidas as cartas do Apocalipse (Ap 1.11 - 3.l). Hoje tem o nome de Allah Sheher (cidade de Deus), com uma considerável população, havendo ali muitos cristãos. A cidade foi fundada por Átalo Filadelfo (138 a.C.), para ser um mercado dos vinhos produzidos no território circunjacente, que é descrito como maravilhosamente fértil, embora sujeito a abalos de terra. Em tempos romanos teve alguma importância, mas estava ligada à jurisdição de Sárdis. A sua situação era no caminho entre Esmirna e as terras altas da Ásia Menor Central, parecendo que à igreja ali estabelecida se ofereceu boa ocasião de propagar as doutrinas do Evangelho.