Etiópia era o nome aplicado pelos antigos gregos à região da África ao S do Egito. Assim, em geral, correspondia ao nome hebraico “Cus”, que abrangia primariamente o atual Sudão e a parte setentrional da moderna Etiópia. Em textos egípcios, esta região era também conhecida pelo nome de Keesh. Quando se fez a tradução Septuaginta, os tradutores usaram a palavra grega “Etiópia” para verter a hebraica “Cus” em todas as passagens, com exceção de três. (Gên 10:6-8; 1Cr 1:8-10; Ez 30:5) A King James Version (Versão Rei Jaime) segue esta maneira de traduzir a palavra em todos os casos, exceto em Isaías 11:11, onde usa “Cush [Cus]” em vez de “Ethiopia [Etiópia]”; a Revised Standard Version (Versão Padrão Revisada) igualmente segue a Septuaginta, exceto em Gênesis 2:13 e em Ezequiel 38:5. Algumas traduções (NM, BJ) preferem Cus (Cuch) em mais outros textos, onde a identificação com a antiga Etiópia não pode ser confirmada pelo contexto. O nome Cus pode também aplicar-se a povos da Arábia. A Etiópia (Cus) é uma das terras às quais os exilados judeus foram espalhados após a conquista babilônica de Judá. (Is 11:11) Portanto, este oficial etíope talvez estivesse em contato com pessoas judaicas na sua região, ou talvez no Egito, onde moravam muitos judeus. Sua cópia do rolo de Isaías provavelmente era da Septuaginta grega, originalmente feita em Alexandria, no Egito. Visto que o reino etíope ficara parcialmente helenizado, a partir do tempo de Ptolomeu II (308-246 AEC), não era incomum que este oficial soubesse ler a língua grega. Tornar-se ele prosélito judeu, e sua subseqüente conversão ao cristianismo, cumpriam o Salmo 68:31.