O nome hebraico desta árvore corresponde ao árabe gharab, que continua a ser usado para o choupo do Eufrates. Assim, embora o choupo e o salgueiro sejam da mesma família de árvores, e ambos sejam comuns no Oriente Médio, os modernos lexicógrafos favorecem o choupo (Populus euphratica) na tradução. O choupo é muito comum ao longo das margens do Eufrates (ao passo que o salgueiro é comparativamente raro ali), e assim se ajusta bem à referência no Salmo 137:1, 2, que descreve os exilados judeus em choro pendurando suas harpas nos choupos. As folhas pequenas, viçosas, em forma de coração, do choupo do Eufrates (também chamado álamo), têm pecíolos achatados, que pendem obliquamente do caule principal, e isto resulta em balouçarem com a mais leve brisa, movimento que poderia sugerir a agitação emocional de pessoas chorando de pesar. Os choupos do Eufrates são também encontrados ao longo das margens de rios e correntes na Síria e na Palestina, e especialmente no vale do rio Jordão. Ali, junto com as tamargueiras, freqüentemente constituem densos matagais, ao passo que em outros lugares talvez atinjam a altura de 9 a 14 m. Em todas as referências bíblicas, esses choupos são associados com cursos de água ou ‘vales de torrente’. Estavam incluídos nas árvores cujos galhos eram usados na Festividade das Barracas (Le 23:40); ofereciam abrigo para o poderoso “beemote” (hipopótamo) ao longo do rio (Jó 40:15, 22); e a facilidade com que brotam ao longo de lugares bem regados é usada em Isaías 44:3, 4, para descrever o rápido crescimento e aumento resultante de Jeová derramar bênçãos e espírito.