Os filhos de Israel não deveriam contrair matrimônio livrimente. Haviam regras e proibições quanto a isso. Além da proibição de alianças matrimoniais com os que não eram adoradores do Senhor Deus, em especial com as sete nações na terra de Canaã (Êx 34:14-16; De 7:1-4), eram proibidos outros casamentos quando havia certo grau de consangüinidade ou afinidade. — Le 18:6-17. Proibia-se ao sumo sacerdote casar-se com uma mulher viúva, divorciada ou violentada, ou com uma prostituta; ele devia casar-se apenas com uma virgem do seu povo. (Le 21:10, 13, 14) Os outros sacerdotes não podiam casar-se com uma prostituta ou com uma mulher violentada, nem com uma mulher divorciada do marido. (Le 21:1, 7) De acordo com Ezequiel 44:22, podiam casar-se com uma virgem da casa de Israel, ou com uma viúva que fosse viúva dum sacerdote. Se uma filha herdasse uma propriedade, ela não devia casar-se com alguém de outra tribo. Isto impedia que a possessão hereditária circulasse de tribo em tribo. — Núm 36:8, 9. Atualmente, na maioria dos países na terra, o casamento é governado por leis das autoridades civis, “César”, e o cristão deve normalmente acatá-las. (Mt 22:21) Em parte alguma apresenta o registro bíblico o requisito de uma cerimônia religiosa ou dos serviços dum clérigo. Segundo o arranjo existente nos tempos bíblicos, o requisito coerente seria que o casamento seja legalizado segundo as leis do país, e que casamentos e nascimentos sejam registrados onde tal provisão existe por lei. Visto que os governos de “César” exercem tal controle sobre o casamento, o cristão está obrigado a recorrer a eles para legalizar o casamento. E mesmo que desejasse usar o adultério do seu cônjuge como base bíblica para a terminação do matrimônio, ele teria de obter um divórcio legal, se isto fosse possível. O cristão que se casasse de novo sem o devido respeito pelos requisitos bíblicos e legais, portanto, violaria as leis de Deus. — Mt 19:9; Ro 13:1.