O que significa Cana na Bíblia?
Estes termos evidentemente abrangem numerosas plantas canáceas que comumente crescem em lugares úmidos. Esta planta é comum no Egito, na Palestina e na Síria.
Sua haste, que termina numa ampla pluma de flores brancas, tem um diâmetro de 5 a 8 cm na base, e atinge a altura de 2,5 a 5,5 m.
Peritos acreditam que, em muitos casos, a “cana” que se tem presente é a Arundo donax (cana-do-reino). Veja mais detalhes abaixo:
אגמון - agmown ag-mone
- junco, cana de junco 1a) usada como corda ou linha (de juncos trançados ou fiado de fibra de junco) 1b) referindo-se ao humilde, insignificante (metáfora)
- triste, alguém que desfalece 1a) referindo-se à fileira de canas de junco 1b) o curvar da cabeça (fig.) 1c) referindo-se ao humilde (metáfora)
Uso da Cana nos Tempos Bíblicos?
As folhas têm de 30 a 90 cm de comprimento. A cana comum também é encontrada em brejos e nas margens de rios em Israel. É uma gramínea folhosa de 1,5 a 5 m de altura, e tem no alto do seu caule rijo e liso uma pluma de flores.
Em zombaria, os soldados romanos colocaram uma cana, representando um cetro real, na mão direita de Jesus, e, mais tarde, golpearam-no com ela. Também foi usada uma cana para dar a Jesus, pendurado na estaca, uma esponja ensopada de vinho acre.
=====CANA No hebraico são usadas duas palavras diferentes; no grego, kálamos. A cana referida em Jeremias 51.32 obviamente é um tipo especial, por ser a única vez em que uma daquelas duas palavras hebraicas é usada, a qual está vinculada à ideia de “poço”, pois enfatiza o local onde medrava a cana. A outra palavra hebraica é usada em 2Reis 18.21; Is 36.6 e Ezequiel 29.6, aludindo a uma cana ou mesmo a uma trave. Outro tanto pode ser dito sobre a palavra grega kálamos. Por exemplo, feriram Jesus na cabeça com uma cana (Mc 15.19), e puseram uma esponja ensopada em vinagre, na ponta de uma cana, para chegá-la à boca do Senhor, na cruz (Mc 15.36). O anjo também mediu a cidade com uma cana (Ap 21.16). A “cana gigante”, Arundo donax, medrava no vale do Jordão e em redor do mar Morto. Crescia até a altura de 5,5 m, encimada por uma pluma branca. O caule, em sua base, podia ter um diâmetro de 8 cm. Esses caules, muito fortes, eram usados como bordões ou bengalas, o que explica a referência em Ezequiel 29.6 e 2Reis 18.21, onde o imperador Senaqueribe alude ao Egito como bordão feito de uma cana esmagada. Se a cana usada para levar a esponja à boca de Cristo, na cruz, era a Arundo donax, não importa. Há quem pense em uma cana diferente, capaz de atingir uma altura de 4,5 m e que cresce bem sem irrigação. Nos dias da Bíblia, penas eram feitas de cana. Em 3João 13 há alusão a uma pena feita de cana. Eram penas usadas para escrever sobre papiro. A tinta era fabricada com fuligem de lâmpadas e suco de fel. Há várias outras espécies de canas e juncos na terra santa, cujo caule pode atingir até 3,60 m. O papiro (Cypherus papyrus) medrava no Nilo, nos alagadiços, produzindo gigantescas raízes horizontais, às vezes com 6 m de extensão. Plantas inteiras eram desenterradas, e suas raízes eram usadas para fabricar cabos de instrumentos, enquanto os caules eram usados no fabrico de sandálias, cordas, colchões e cestas. O cerne podia ser comido, cozido ou cru, ou então aproveitado para o fabrico de um tipo de papel grosseiro (ver Junco). O fato de que o cerne do papiro podia ser comido ou transformado em papel se reflete em Ezequiel 3.3: Filho do homem, dá de comer ao teu ventre, e enche as tuas entranhas deste rolo que eu te dou. Eu o comi, e na boca era doce como o mel. A palavra “cana” é usada em conexão com o ato de medir (Ez 40.3,5). Uma cana eqüivalia a seis côvados. Cada côvado tinha cerca de 46 cm. Em Ezequiel 40.5, cada cana media cerca de 2,75 m. O ribeiro de Caná (Js 16.8 e 17.9) ficava entre os territórios de Efraim e Manassés. “Caná” significa "cana” ou “possessão”. Provavelmente o ribeiro era assim chamado devido à grande quantidade de cana que ali crescia, à beira do ribeiro.
CANA AROMÁTICA No hebraico, a palavra qaneh figura por 61 vezes, mas é nos trechos de Isaías 43.24 e Jeremias 6.20 que parece estar em pauta a “cana aromática”. Diz O trecho de Isaías 43.24: Nào me compraste por dinheiro cana aromática... E Jeremias 6.20 diz: Para que pois, me vem o incenso de Sabá e a melhor cana aromática de terras longínquas?... A cana nativa ou selvática encontra- se espalhada por toda a Palestina, em riachos e vaiados. Seu nome científico é Saccharum bifiorum, a espécie que poderia estar em pauta nesses dois trechos. No entanto, a maior parte dos estudiosos da Bíblia sente que a "cana aromática”, na verdade, era a Saccharum officinarum, ou seja, a nossa comum cana-de-açúcar. O mais provável é que os antigos hebreus não fabricassem açúcar com base nessa cana; antes, ela era chupada ou usada em sua forma natural para adocicar bebidas e alimentos. Naturalmente, o mel era o adoçante mais comu- mente usado nos dias do Antigo Testamento. Nas passagens de Josué 16.8 e 19.28, aparece o ribeiro de Caná, onde a cana nativa medrava com abundância. No hebraico, qaneh era a palavra genérica para indicar todas as plantas de tipo junco. Alguns estudiosos têm pensado que a palavra "cálamo”, em Cântares 4.14, na realidade seria o "nardo” (Nardostachys jata- mansi); mas essa opinião é extremamente improvável porquanto a palavra “nardo” aparece no começo desse mesmo versículo, e isso seria uma redundância desnecessária.