CADEIRA (ASSENTO) Palavras Utilizadas e Detalhes. A ideia envolve duas palavras hebraicas e três palavras gregas, a saber: 1. Kisse, “trono”, “cadeira". Termo hebraico usado por 132 vezes (por exemplo: Jz 3.20; ISm 1.9; 4.13,18; lRs 2.19; Et 3.1; Pv 9.14). 2. Moshab, “assento". Palavra hebraica usada por nove vezes com esse significado, embora não seja esse seu único sentido (por exemplo; ISm 20.18,25; SI 1.1; Ez 8.3; 28.2). 3. Kathé- dra, “cadeira”, “tamborete”. Palavra grega usada por três vezes (Mt 21.12; 23.2 e Mc 11.15). 4. Thrónos, “trono”. Palavra grega empregada por cerca de sessenta vezes, a grande maioria das quais no livro de Apocalipse, desde Mateus 5.34 até Apocalipse 22.1,3. 5. Bêma, “assento de julgamento". Palavra grega usada por doze vezes (Mt 27.19; Jo 19.13; At 7.5; 12.21; 18.12,16,17; 25.6,10,17; Rm 14.10 e 2Co 5.10). Nas páginas do Antigo Testamento, a palavra com frequência alude a qualquer assento ocupado por uma pessoa importante, sem importar se rei, ministro ou sacerdote, conforme se vê, para exemplificar, em Juizes 3.20; ISamuel 1.9; 4.13,18; IReis 2.19 e Ester 3.1. Entre os judeus, assentos considerados especialmente importantes faziam parte dos móveis das sinagogas. Jesus repreendeu os líderes religiosos de seus dias porque preferiam “o primeiro lugar nos banquetes e as primeiras cadeiras nas sinagogas" (Mt 23.6; cf. Mc 12.39; Lc 11.43; 20.46). Nas sinagogas da Palestina, os assentos mais atrás eram ocupados pelas crianças e por pessoas sem importância social. Quanto mais à frente estivesse um assento, tanto maior a importância da pessoa que o ocupava. Os assentos considerados mais honrosos eram aqueles dos anciãos, que sentavam-se voltados de frente para a congregação. Pois o homem que se assentava em um desses assentos podia ser visto por todos os circunstan- tes, e sua importância não podia ser perdida de vista. Em Alexandria, a principal sinagoga judaica tinha 71 desses assentos para anciãos (o que serve de testemunho sobre as dimensões daquela congregação). Esses assentos eram ocupados pelos membros do “Concilio” daquela comunidade religiosa. Em algumas instâncias do Novo Testamento, a palavra grega bêma é empregada para designar um trono de julgamento (ver Mt 27.19; Jo 19.13; At 18.12,16,17; 25.6,10,17), referin- do-se ao lugar ocupado por algum governador, procurador romano ou oficial que estivesse atuando como juiz. E, por duas vezes, o vocábulo é empregado para indicar Cristo sentado para julgar (Rm 14.10; 2Co 5.10), pelo que alguns têm distin- guido entre o juízo exercido por Cristo e o juízo exercido por Deus, em seu trono. A palavra grega kathédra era usada em sentido figurado, dando a entender, simplesmente, que o lugar havia pertencido a outrem, embora a palavra desse a entender, literalmente uma banqueta ou cadeira. Assim, os fariseus são descritos como quem se assentava na cadeira de Moisés, considerando-se ser eles os sucessores legítimos de Moisés (ver Mt 23.2). O Senhor Jesus, por sua vez, foi descrito a derrubar "as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas” (Mt 21.12). Dessas palavras todas, a mais comum no Novo Testamento é o termo grego thrónos, que dá entender um assento real (ver Lc 1.52; Ap 2.13; 4.4; 11.16; 13.2;16.10). Assim, Satanás também tem um trono, os 24 anciãos ocupam 24 tronos, e o dragão entregará ao anticristo o seu próprio trono.