Água na Bíblia

A água que se infiltra através das camadas permeáveis do solo e se acumula ao chegar a uma camada inferior impermeável constitui o que se chama de lençol subterrâneo freático ou superficial.

Os lençóis de água profundos são normalmente constituídos de camadas permeáveis compreendidas entre dois estratos impermeáveis. A água chega ao estrato permeável por pontos onde este aflora, por efeito da erosão ou pela forma das camadas.

A superfície de equilíbrio de um lençol aquífero determina as sinuosidades do terreno. As camadas aqüíferas livres são lençóis freáticos ou profundos que não se mantêm sob pressão, devido à existência de um trecho impermeável ou menos permeável que a camada aqüífera.

Quando esse trecho existe, a camada se chama lençol aqüífero cativo. Nesse caso, a água tende a sair por qualquer abertura natural ou artificial do teto. A esse grupo pertencem às camadas artesianas, cujas águas, ao saírem, alcançam uma altura superior ao nível do solo. Chama-se zona de alimentação de um lençol aqüífero a superfície do terreno onde se produz a infiltração.

Circulação das águas

A água que circula nos arroios e rios, inclusive os subterrâneos, por efeito da gravidade, representa, no ciclo hidrológico, o excedente não evaporado das precipitações.

Em climas temperados, as precipitações intermitentes e irregulares (em espaço, tempo e quantidade) dão lugar a águas circulantes superficiais escassas e constantes. Essa aparente contradição se deve principalmente à capacidade de armazenamento das camadas da Terra, que conservam o excedente de precipitação e o liberam gradualmente por meio de fontes que alimentam as correntes de água.

Retroalimentação das águas

Quando a alimentação dessas correntes procede principalmente de fontes, o regime hidrográfico (isto é, as flutuações de sua quantidade de água) será mais variável se proceder de camadas freáticas do que se provier de camadas profundas.

É muito raro, porém, o caso de um rio alimentado exclusivamente por fontes. Como as fontes também se originam das chuvas, os regimes são classificados conforme a alimentação se dê por neves, chuvas ou ambas. Os regimes mais constantes são os mistos. No regime fluvial (ritmo de cheias e estiagens de um rio) tem influência o clima, o relevo, a vegetação, a litologia (composição das rochas) e os solos.

Pode-se falar de dois regimes principais: o dos climas quentes, alimentados por fortes chuvas, em que se incluem o regime equatorial (Congo e Amazonas) e o tropical (Orinoco e Zambeze); e o dos climas temperados e frios, muito influenciados pela temperatura, em que se diferenciam os rios de regime de monções (Ganges), mediterrâneo (Ebro) e alpino.

Os rios e águas

Os rios de regime alpino se abastecem principalmente das neves e também são chamados de rios de regime niveal, como o Danúbio. Os rios alimentados por neve têm a menor quantidade de água (estiagem), no inverno; os alimentados por chuva, no verão.

O estudo do regime hidrográfico de uma corrente de água é fundamental para a utilização permanente e regular de suas águas, seja para irrigação, para o abastecimento de água à população ou como força motriz.

As represas armazenam água para os períodos de estiagem e impedem que se perca nas cheias. São, pois, reguladoras do regime fluvial. Quando se realiza o estudo hidrológico de toda a bacia, pode-se expressar o volume total de águas em função do tempo, obtendo-se uma curva.

Esse gráfico permite conhecer características da bacia que afetam a distribuição das precipitações e, portanto, a alimentação das correntes superficiais e subterrâneas.

Os gráficos de curto prazo servem para análise e previsão da magnitude e da frequência das cheias, e são básicos para o controle das enchentes.

O estudo dos cursos d'água e de suas tendências de longo prazo, quanto à quantidade e à qualidade das águas, emprega-se para projetos de irrigação, obras hidráulicas, distribuição de água potável e outras formas de aproveitamento hidráulico.

A hidrologia também estuda os lagos, acumulações de água em depressões das mais diferentes origens: falhas tectônicas, crateras vulcânicas, circos escavados por geleiras etc. Geralmente são alimentados por rios e deságuam em outro rio que desemboca no mar.

Hidrografia de Israel

O Jordão é o principal rio que banha o território israelense. Destaca-se ainda o Mar da Galileia, que consiste em um lago de 166 km² localizado também ao norte, e o Mar Morto, que se situa parcialmente em Israel, ao sul.