Os persas, iguais aos medos, parecem ter sido governados por diversas famílias nobres. Uma destas famílias produziu a dinastia aquemênida de reis, linhagem real da qual descendeu o fundador do Império Persa, Ciro, o Grande. Ciro, que segundo Heródoto e Xenofonte teve pai persa e mãe média, uniu os persas sob a sua liderança. (Heródoto, I, 107, 108; Ciropedia; ambos de Clássicos Jackson, Vol. XXIII, e Vol. I, Livro I, p. 7.) Até então, os medos haviam dominado os persas, mas Ciro obteve uma rápida vitória sobre o rei medo Astíages e capturou Ecbátana, a capital dele (550 AEC). (Veja Da 8:3, 20.) O Império Medo passou assim a ficar sob o controle dos persas. Embora os medos continuassem a ser subservientes aos persas durante o restante da dinastia aquemênida, não pode haver dúvida sobre a natureza dupla do império resultante. Neste respeito, diz o livro History of the Persian Empire (p. 37): “O estreito relacionamento entre os persas e os medos nunca foi esquecido. A saqueada Ecbátana continuou a ser uma residência real favorita. Os medos recebiam honras iguais aos persas; ocupavam altos cargos e eram escolhidos para chefiar exércitos persas. Os estrangeiros habitualmente mencionavam juntos os medos e os persas; quando usavam um termo só, este era ‘o medo’.” Debaixo de Ciro, o Império Medo-Persa expandiu-se mais para o O, chegando ao mar Egeu em resultado da vitória persa sobre o Rei Creso, da Lídia, e a subjugação de certas cidades litorâneas gregas. Sua maior conquista, porém, ocorreu em 539 AEC, quando Ciro, à testa duma força conjunta de medos, persas e elamitas, tomou a poderosa Babilônia, em cumprimento de profecias bíblicas. (Is 21:2, 9; 44:26-45:7; Da 5:28) Com a queda de Babilônia, terminou um longo período de supremacia semítica, então suplantada pela primeira potência mundial dominante de descendência ariana (jafética). Isto colocou também a terra de Judá (bem como a Síria e a Fenícia) dentro do domínio medo-persa. Por decreto de Ciro, em 537 AEC, os judeus exilados tiveram permissão para retornar à sua pátria, que ficara desolada por exatamente 70 anos. — 2Cr 36:20-23.