A última etapa da história de Israel, do Antigo ou Primeiro Testamento, é marcada pela presença dos romanos. De 167 a 63 AC, Israel teve um período de certa autonomia política com os Macabeus. Nesse período tiveram destaque principalmente Jônatas e João Hircano, que conseguiram estender o domínio israelita sobre o território das tribos antigas. Mas o Império Romano, aos poucos, vai chegando e tomando conta. Em 63 AC, Pompeu (63-48 AC) invade e toma Jerusalém. Inicia-se assim a dominação romana, que se estenderá além do “período bíblico”, o qual termina nos inícios do 2º século da era cristã, quando a Bíblia praticamente fica concluída. Nesse período, temos diversos reis que foram se sucedendo no comando do império. Depois de Pompeu, toma posse Júlio César (48-44 AC) que nomeou procuradores para cuidar da Palestina. A seguir toma posse Antônio (41-30 AC) que nomeou Herodes governador da Galileia e da Pereia. Por fim, o próprio Herodes (37-4 AC) foi nomeado pelo senado romano rei da Judeia e fica até depois o nascimento de Jesus, que se deu por volta do ano 5 AC. O rei Herodes estendeu seu poder além da Judeia. Seu governo foi extremamente repressor, era o braço forte do imperador Augusto de Roma. Logo que assumiu o comando, elimina os opositores e ele próprio nomeia os sumos sacerdotes. Instrumento político dos romanos, encarna o espírito helenista. Além de político perverso e opressor, Herodes é visto também como grande construtor. Em Jerusalém, construiu seu palácio, a torre Antônia e reconstruiu o templo. Além disso, na Palestina, construiu a fortaleza de Massada, o próprio mausoléu onde foi enterrado e a cidade de Cesareia marítima em homenagem a César, além de ginásios e outras cidades. Todos esses gastos acabaram caindo sobre o povo, com a cobrança de pesados impostos. Foi considerado maior chefe da nação judaica, depois de Davi e Salomão. No ano 115 da era cristã, o imperador romano Trajano submeteu a região até Singara sob o domínio de Roma, foi gradativa a difusão do cristianismo, por intermédio dos cristãos da Síria, que fundaram o bispado de Edessa. Esse bispado converteu-se depois à heresia nestorianista, cujos integrantes se congregaram em Nísibis, em meio a uma complicada situação religiosa, na qual as decisões do Concílio de Calcedônia contra o monofisismo acabaram por provocar a divisão dos cristãos em três grupos: nestorianos, jacobitas e melquitas. A partir do século III, a luta de Roma dirigiu-se contra as pretensões sassânidas na Mesopotâmia. Em meio à desordem política generalizada, a Mesopotâmia converteu-se, por dez anos, em porção do reino de Palmira, até a expedição do imperador Aureliano. A luta contra os persas, porém, prosseguiu até o ano 298, quando Diocleciano submeteu a Mesopotâmia, até o Tigre, ao poder de Roma. Todavia, a luta continuou e, em 363, os romanos conseguiram uma trégua, mas tiveram que ceder Singara e Nísibis. Depois de recuperar suas antigas fronteiras, perdidas durante o avanço de Khosro I, por volta de 530, a Mesopotâmia bizantina foi obrigada a enfrentar o agravamento do conflito com os persas, com a perda de diversas cidades e o exílio de grande número de cristãos.