Antes mesmo que a criança inicie a articulação das sílabas de suas primeiras palavras, o processo educacional já começa no nascimento, pois no berço ela já observa e absorve o que se passa ao seu redor. Indo mais longe ainda, mesmo no período de gestação, o feto responde a estímulos e mantém ligações que podem as vezes passar despercebidas como respostas à estímulos como ruídos, percepção de voz, sentimento de afeto, entre outros. A palavra hebraica Chinuch significa muito mais do que simplesmente educação no sentido de dar à criança fatos e números para serem assimilados. Chinuch significa moldar o caráter da criança e guiá-la, passo a passo, pelos caminhos que a ajudarão a torná-la uma pessoa íntegra e um bom judeu em sua totalidade. A escolha de um nome Quando D'us fez o primeiro homem, Adam, instruiu-o a dar nomes a tudo que Ele criara. Nossos sábios nos dizem que Adam compreendia as origens de todas as criaturas e assim era capaz de designar para cada coisa um nome apropriado correspondente à sua fonte no céu. Semelhantemente, segundo a tradição, os pais recebem uma inspiração Divina ao selecionarem nomes para os seus filhos. Deste modo, não importa qual o nome judaico escolhido, certamente ele será o mais adequado para aquele menino ou menina. Um nome ajuda a estabelecer um elo entre a criança e a herança do seu povo. Geralmente é selecionado através do vasto tesouro de nomes encontrados na Torá e no Talmud ou em nomes tradicionais judaicos que foram dados a crianças judias no decorrer de gerações. O mero registro de um nome, atribuído à semelhança dos nomes comuns do país onde se reside, junto às autoridades civis para fins de diferenciação não basta, pois não é suficiente para dar à criança uma identidade judaica. O nome da pessoa está intimamente ligado à essência de sua alma. Se uma pessoa desmaiar, poderá ser reanimada se alguém sussurrar-lhe ao ouvido seu nome judaico. Entre os judeus ashkenazim é costume dar ao filho ou à filha o nome de um parente próximo já falecido, cuja vida foi uma inspiração para todos, e cujas qualidades os pais gostariam de ver renascidas e emuladas em sua própria criança. Os judeus sefaradim, frequentemente dão a seus filhos o nome de um avô ou de uma avó estimados, ou ainda de um outro parente vivo como forma de homenageá-lo. Outro costume, amplamente difundido, é o de dar à criança o nome de uma grande personalidade da Torá, formando assim um elo espiritual entre os dois. Lc 18.15